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Samsung ‘passa a perna’ em mais de 800 trabalhadores do Distrito e revolta Sindicato dos Metalúrgicos

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Manaus – Mais de 800 trabalhadores ligados à empresa Samsung da Amazônia vivem uma situação dramática após serem dispensados, sem qualquer explicação sobre o não cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por parte da multinacional sul-coreana instalada no Pólo Industrial de Manaus com o Sindicato dos Metalúrgicos. 

O jacaré – termo usado para demissões em massa nas linhas de produção, ocorreu logo após a saída de férias da diretoria da empresa para a Coréia. Entretanto, a gerência deixou um rastro de demissões, pegando de surpresas centenas de pais e mães de famílias. 

Ao todo 500 trabalhadores temporários e 315 efetivos foram dispensados sem que a empresa comunicasse o Sindicato, conforme manda a Lei do Trabalho no Brasil e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) firmada entre Sindicato e empresa.

Caloteiros

Procurado pelos trabalhadores demitidos, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, contou à reportagem que as atitudes da empresa são rotineira e que no ano passado mais de 500 trabalhadores ‘pegaram a conta’ sem ao mesmo terem recibo a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), burlando o acordo principal (VEJA AQUI), mesmo com os trabalhadores temporários tendo o direito. 

Valdemir lamenta que uma empresa que tenha faturado R$ 25 bilhões, em 2022, tenha o disparate de sonegar míseros R$ 2,5 mil em média, aos funcionários. “Consideramos isso uma sonegação ao sistema amparado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no Brasil”, destaca.

Atitude drástica 

Para nossa reportagem, o sindicalista disse que não dá mais para conviver com as “mentiras dos sul-coreanos”, que dirigem a Samsung no Brasil. De acordo com ele, o Sindicato só vê uma solução para o caso: parar a empresa até que eles, os coreanos, paguem os trabalhadores.

Em 2021, o Sindicato foi à justiça exigir que a Samsung cumprisse a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Na ocasião, a direção da empresa confirmou que este ano estaria tudo conforme o acordo coletivo.


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