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‘O carimbado do MP, TCE, MPF e PF do AM’: Prefeito João Campelo é investigado por fraude de licitações, desvio de dinheiro e obras fantasmas em Itamarati

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Amazonas – O prefeito João Campelo (MDB), de Itamarati, interior do AM, é conhecido por ter a gestão marcada por operações da Polícia Civil e Federal, além de já ter sido alvo de todos os órgãos de fiscalização de todas as esferas.

A Operação Arabu, conduzida pelo MPAM, é um exemplo das ações empreendidas contra João Campelo.

A investigação revelou supostas fraudes em contratações de uma empresa de shows, realizadas por meio de licitação, que totalizaram incríveis R$ 406.187,1 a serem pagos pelos serviços de realização de dois shows musicais na cidade: Festa de Aniversário da Cidade (novembro de 2018) e no evento da 10ª Festa de Soltura dos Quelônios, em dezembro daquele mesmo ano. Dessa forma, foi isso que levou o MPAM a abrir investigação devido ao alto valor do cachê para a banda Só dá Nós.

A Controladoria-Geral da União (CGU) também encontrou uma série de irregularidades nos processos licitatórios conduzidos pela prefeitura de Itamarati. Simulação do processo licitatório, inexistência de projeto básico, vínculos suspeitos entre os envolvidos, são apenas algumas das acusações apontadas pela CGU.

As investigações do MPAM e do Ministério Público Federal (MPF) ainda estão em curso, com suspeitas de dano ao erário público, improbidade administrativa, lavagem de dinheiro e desvio de recursos federais destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). O MPF também apura supostas fraudes em licitações, incluindo a construção de uma creche em área de risco de desabamento de barranco, que consumiu mais de R$ 3,5 milhões.

Outra licitação sob suspeita é a compra de notebooks para alunos da Secretaria Municipal de Educação (Semed), no valor de mais de R$ 1,23 milhão. Promotores do caso questionam a necessidade de adquirir uma quantidade tão grande de equipamentos.

Além disso, a compra de fardamentos no valor de R$ 400 mil, também utilizando recursos do Fundeb, está sob investigação do MPF e do MPAM.

O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), em conjunto com o MPAM, já ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra João Campelo, devido a irregularidades na prestação de contas de Itamarati. O TCE-AM apontou despesas realizadas sem processo licitatório, chegando ao montante de R$ 76.120,00.

Diante de tantas acusações e investigações em andamento, a situação de João Campelo, agora gravemente doente, parece simbolizar o declínio de uma gestão marcada pelo caos e pela desconfiança. Resta aguardar os desdobramentos dessas tramas obscuras que envolvem o prefeito de Itamarati e sua administração.


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