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Garimpeiros: novos piratas dos rios ameaçam sistema ecológico e população amazonense

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Amazonas – Os piratas foram por muito tempo e ainda são uma ameaça não somente no Caribe, como nos filmes da Disney, mas também no Amazonas, onde aterrorizam a população ribeirinha, empresários e também dão trabalho para a Polícia militar do Amazonas.

Mesmo com toda a ação desses criminosos, outros surgem ao longo dos rios, os garimpeiros ilegais que ocupam principalmente a bacia do Rio Madeira, no sul do estado. Os empresários de transporte de cargas do estado estão enfrentando mais uma ameaça para manter o abastecimento de Manaus, e dos municípios do interior, com produtos como alimentos e combustível.

Segundo o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), logo depois da operação feita pela Polícia Federal no último dia 12 de outubro na região, os garimpeiros começaram a ameaçar diretamente em grupos e redes sociais a segurança das embarcações que fazem rota pelo rio Madeira, e também entre Porto Velho (RO) e Manaus, em represália à operação.

Naa operação do último dia 12, o resultado foi a inutilização de balsas e equipamentos usados para dragar o rio, grupos de garimpeiros, sendo queimadas e deixadas à deriva no rio.

Insegurança

Por conta do medo em manter as atividades e os riscos de vida dos tripulantes, populações ribeirinhas e também de um grave acidente, o vice-presidente da Sindarma, Madson Nóbrega, afirmou que a entidade irá encaminhar aos órgãos de segurança estaduais e federais solicitação para reforço imediato da fiscalização e vigilância, como a Base Arpão da Policia Militar.

“É mais um problema grave e urgente que temos que enfrentar diariamente porque as ameaças estão cada vez mais constantes e além das vidas envolvidas, ainda há o risco de um acidente ambiental irreversível de grandes proporções caso eles resolvam atacar uma embarcação com milhões de litros de combustível, como já ameaçaram repetidas vezes”, alertou Nóbrega.

O dirigente do Sindarma acrescentou que teme que se repitam nos rios do Amazonas, o que aconteceu na BR-319, logo depois da operação policial, quando garimpeiros atearam fogos em pneus e fecharam o acesso da ponte que liga o Amazonas a Rondônia, na entrada de Porto Velho.

“Eles já estão fechando trechos importantes do rio com paredões de balsas e dificultando a passagem das embarcações, inclusive ameaçando os tripulantes com armas. As empresas de navegação estão fazendo sua parte para manter o abastecimento e o transporte de cargas, mas o cenário tende a se agravar ainda mais e comprometer a segurança de todo o Madeira”.

Operações

Diversas operações da Polícia Federal neste ano foram feitas, no último dia 12, a PF destruiu os equipamentos dos garimpeiros para impedir a continuidade dos crimes ambientais. A operação, que ocorreu em Rondônia e no Amazonas, contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

As dragas ou balsas dos garimpeiros são embarcações ou estruturas flutuante destinadas a retirar o ouro do fundo do rio. A atividade poluiu o meio ambiente pelo uso de produtos químicos, especialmente mercúrio, cada equipamento pode custar mais de R$ 1 milhão reais.


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