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Escândalo em Beruri: medicamentos vencidos, repleto de fezes e urina de rato são encontrados na Central de Medicamentos

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Amazonas – A Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do município de Beruri, no interior do Amazonas, tem sido alvo de sérias denúncias. Veio à tona, nesta quarta-feira (19) fotografias, registradas em janeiro deste ano, que mostram a lastimável situação enfrentada pelo órgão, evidenciando o estado de abandono, descaso e negligência que o município vem sofrendo há alguns anos.

O atual gestor da CAF, Raimundo Ralisson Bentes Pinto, não poupou palavras ao denunciar a deplorável condição do local em um memorando enviado ao secretário Municipal de Saúde, João Batista Pereira Picanço.

Entre os principais problemas detectados por Ralisson, estava o abandono físico do espaço e a deterioração dos medicamentos. Insumos e materiais odontológicos, que deveriam ser destinados ao bem-estar da população, estavam apodrecendo no local.

Outra questão alarmante foi a identificação de uma expressiva quantidade de medicamentos de alto custo com prazos de validade vencidos ou desprovidos de identificação apropriada, tornando impossível seu uso tanto no atendimento primordial à saúde quanto nos demais programas assistenciais.

Além disso, foram constatadas negligências na dispensação de medicamentos, insumos, correlatos e químicos cirúrgicos, inclusive drogas destinadas ao uso humano, o que não condiz com a essência reguladora do órgão e do papel do farmacêutico.

Os problemas não se restringiram apenas a medicamentos comuns, mas também afetaram a dispensação de medicamentos de controle especial, incluindo substâncias entorpecentes, psicotrópicas e imunossupressoras, causando sérias preocupações quanto à segurança e controle dessas substâncias.

Ainda de acordo com Raimundo, que assumiu a gestão do CAF em 20 de janeiro deste ano, tudo o que foi exposto no memorando já havia sido repassado por ele mesmo para o ex-Secretário de Saúde, João Batista Lima de Oliveira, em 2018. Consciente de seu dever técnico e ético, ele tentou incansavelmente orientar o ex-secretário, quando era apenas um farmacêutico que trabalhava no órgão, para buscar a plena conformidade legal, mas, em vez de apoio, foi ameaçado com a perspectiva de demissão, o que o levou a ser realocado em outra função em uma UBS do município.

Infelizmente, as decisões equivocadas tomadas resultaram em perdas significativas de recursos financeiros e avanços que estavam sendo conquistados pelo município. Beruri, que antes era visto como exemplo a ser seguido, agora enfrenta uma realidade de negligência e responsabilidades deturpadas.

A situação da Central de Abastecimento Farmacêutico de Beruri reforça a importância de fiscalização, transparência e comprometimento para garantir que a saúde da população seja sempre priorizada e respeitada, independentemente de qualquer circunstância. Agora, Raimundo e o secretário João Picanço buscam se alinhas para não prejudicar mais ainda a população, que supostamente sofre com a má gestão da prefeita Maria Lucir Santos de Oliveira, mais conhecida como ‘Dona Maria’.


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