Corregedoria da PF mostra a verdade: inquérito divulgado por Bolsonaro e Filipe Barros não estava sob sigilo
Brasil – A corregedoria da Polícia Federal concluiu que o inquérito divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com auxílio do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) não estava segredo de justiça. Isso significa que o processo poderia ser divulgado e ainda seguiu os trâmites democráticos, com o pedido de divulgação oficial sendo feito na Comissão Especial da Câmara dos Deputados e baseado no interesse público.
A conclusão de que o inquérito não estava em segredo de justiça foi de uma investigação interna da PF, que teve seu relatório final publicado em 3 de fevereiro. Segundo o documento, não havia uma decisão judicial que colocava a investigação sob sigilo. Mas o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal.” A regra, para investigações em andamento, é o sigilo.
A publicação de dados do inquérito ocorreu em agosto de 2020, logo após uma live em que Bolsonaro defendeu a proposta do voto impresso. O sigilo teria sido imposto ao inquérito depois da live, segundo a AGU (Advocacia Geral da União).
O órgão alega que o inquérito divulgado por Bolsonaro não estava sob sigilo no momento em que o presidente compartilhou os documentos nas redes sociais.
Confira íntegra:
Reação de Filipe Barros
Nas redes sociais, o deputado federal relator da PEC 135/2019 (voto impresso + apuração pública) desabafou dizendo “PF ESTABELECE A VERDADE: Corregedoria da PF conclui que não havia qualquer sigilo no inquérito divulgado em live pelo Presidente Bolsonaro e por mim”
PF RESTABELECE A VERDADE: Corregedoria da PF conclui que não havia qualquer sigilo no inquérito divulgado em live pelo Presidente Bolsonaro e por mim.
— Filipe Barros (@filipebarrost) February 8, 2022
E complementa: “O relatório da Corregedoria da PF, resumidamente, ainda deixa claro: O pedido foi feito oficialmente, após aprovação de requerimento por Comissão Especial da @camaradeputados e, portanto, feito por terceiro interessado baseado no interesse público”.
O relatório da Corregedoria da PF, resumidamente, ainda deixa claro:
O pedido foi feito oficialmente, após aprovação de requerimento por Comissão Especial da @camaradeputados e, portanto, feito por terceiro interessado baseado no interesse público.
— Filipe Barros (@filipebarrost) February 8, 2022
Pergunta incômodas
O deputado federal Filipe Barros também fixou uma mensagem em seu Twitter que já confrontava a narrativa orquestrada pela delegada Denisse Dias Rosa: “Vazamento de documentos sigilosos? – Saiba a verdade sobre o Inquérito do STF que investiga a live feita pelo Presidente @jairbolsonaro e por mim, quando revelamos o grave ataque hacker aos sistemas do TSE em 2018 – ano eleitoral. Confira:
– Vazamento de documentos sigilosos?
– Saiba a verdade sobre o Inquérito do STF que investiga a live feita pelo Presidente @jairbolsonaro e por mim, quando revelamos o grave ataque hacker aos sistemas do TSE em 2018 – ano eleitoral.
– Peço que compartilhem. pic.twitter.com/vvkdt3nNpO
— Filipe Barros (@filipebarrost) January 31, 2022
Delegada Marionete
A delegada Denisse Dias Rosa tem sido acusada pelos internautas de estar instrumentalizado seu papel em favor do Ministro do STF Alexandre de Moraes. Veja:
Essa é a delegada Denisse Dias Rosa Ribeiro. Ela já atuava a mando de Moraes no Inquérito nº 4828, dos "atos antidemocráticos". pic.twitter.com/zJ98AOoR5F pic.twitter.com/v9M340SDa9
— Walter Delgatti Schmidt Becker Brasão Harding (@AndreBrasao) January 29, 2022