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Bomba: celular com mensagens reveladoras do Caso Flávio some “misteriosamente”

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Manaus – A Justiça do Amazonas continua trabalhando no Caso do engenheiro Flávio Rodrigues, que tinha 42 anos, e foi assassinado a facadas dentro da casa de Alejandro Valeiko, filho de Elizabeth Valeiko, ex-primeira dama no município, há quase três anos. Na manhã  desta terça-feira (12), um texto dentro do processo do caso ganhou destaque.

No fragmento do texto, aparece o relato que o celular contendo o suposto valor dado a Mayc Parede para assassinar Flávio Rodrigues, havia sido extraviado. Tal afirmação pode mudar o rumo das investigações.

Veja o trecho em destaque

“Relação: 0660/2022 Teor do ato: Recebi hoje. Trata-se de pedido de declaração de nulidade de provas e restituição de bens, formulado por Igor Gomes Ferreira (fls.01-12), sob a alegação de ocorrência de nulidade e de que tais bens não mais interessam à investigação do feito principal (processo nº 0654422-21.2019.8.04.0001), no qual já houve, inclusive, prolação de sentença de pronúncia, após a fase de instrução. Manifestou-se o Ministério Público (fls. 114-115) no sentido de não se opor ao pedido de restituição de bens feito por Igor Gomes Ferreira, considerando a atual conjuntura da demanda principal (processo nº 0654422-21.2019.8.04.0001), em que já existe, inclusive, uma sentença de mérito, prolatada após a devida instrução de feito, acerca do caso envolvendo o cunhado e a esposa do peticionante, respectivamente, Alejandro e Paola Valeiko. Não se manifestou o MP sobre o pedido de declaração de ilicitude das provas que embasaram a representação ministerial de busca e apreensão nem sobre o pedido de declaração de nulidade da decisão que a decretou (fls. 11/12), fato que leva este Juízo a considerar que também há concordância do Parquet sobre esse ponto, diante do já mencionado silêncio. Passo a decidir. Pois bem, observando os autos se pode perceber que o Ministério Público defendeu a necessidade do deferimento da medida cautelar que seria indispensável, como única forma para a obtenção dos meios de prova pretendidos, sendo que tal medida seria suficiente para que restassem presentes os supostos indícios da autoria quanto ao oferecimento de valores aos familiares do investigado Mayc Vinicius Teixeira Parede. Ademais, segundo afirma, o depoimento prestado por Edinelma dos Santos Pontes e as conversas tidas por celular com Mayc, teriam o condão de revelar que o investigado teria recebido valores para confessar a prática de crime. Pode-se observar, também, que segundo o Ministério Público a mídia contendo o depoimento de Edinelma dos Santos Pontes teria sido corrompida e não poderia mais ser recuperada, não havendo possibilidade de juntada e disponibilização. Ainda, seguidamente, veio informação do Instituto de Criminalística do Estado do Amazonas informando que o aparelho celular de propriedade de Edinelma dos Santos Pontes, que supostamente continha a íntegra das mensagens transcritas pelo Ministério Público, havia sido extraviado, não sendo possível a sua observação e utilização. Nesse contexto, restou impossível verificar a autenticidade e firmeza das provas utilizadas pelo Ministério Público, sendo fator que compromete a avaliação judicial desta e das provas que a partir desta foram produzidas, assim como, também, torna complexo ao investigado exercer o seu direito de defesa, constitucionalmente assegurado, tendo em vista o desaparecimento daquilo que se buscava qualificar como prova indispensável, sendo, por tudo isso, prova absolutamente ilícita.” 

De acordo com informações, o celular era de propriedade de Edinelma dos Santos Pontes, uma das testemunhas do caso, continha conversas que “supostamente” provariam o oferecimento de valores a familiares, para que Mayc Paredes assumisse a autoria do homicídio.

Vale ressaltar que Mayc trabalhava como segurança na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e foi flagrado saindo do condomínio de Alejandro com o corpo de Flávio no banco do carro.

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