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Saullo Vianna e Romeiro Mendonça entram na mira do MPAM por ligação com empresa ‘recheada de laranjas’

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Amazonas – O deputado Saullo Vianna e o ex-prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, estão na mira do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por ligação com empresas suspeitas de realizarem possíveis atos de improbidade bem como à Secretaria de Estado de Educação Desporto (Seduc) e à Secretaria de Estado de Saúde (Seas).

O pedido para estender a investigação, no âmbito do Inquérito Civil, foi apresentado pela promotora de Justiça Cley Barbosa Martins, da 46ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público.

A portaria que formaliza a prorrogação da investigação foi assinada pela promotora no dia 28 de agosto e publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público nesta terça-feira (12), desencadeando um novo capítulo em um caso de grande relevância.

Operação Gaeco 

A investigação tem suas raízes na “Operação Cachoeira Limpa”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MP-AM, lançada em 15 de fevereiro de 2021. Essa operação visava desvendar uma suposta organização criminosa suspeita de desviar R$ 23 milhões dos cofres da Prefeitura de Presidente Figueiredo entre os anos de 2017 e 2020.

Segundo as descobertas do MP-AM, o deputado estadual Saullo Vianna e o ex-prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, apontados como principais alvos da operação, estavam à frente dessa organização criminosa. Eles teriam criado diversas empresas que tinham o controle de Saullo Vianna, usando laranjas para constituir o quadro societário. O MP-AM também solicitou a prisão de vários indivíduos, incluindo Saullo Vianna, Romeiro Mendonça e outros empresários ligados às empresas envolvidas.

Além disso, o Gaeco revelou que a organização criminosa teve início em Parintins em 2010 e, com os recursos desviados, financiou a campanha de um deputado estadual, cujo nome não foi confirmado. O órgão alega ainda que essa organização também contribuiu para eleger um vereador em Manaus, mas o nome desse político não foi divulgado.

Os relatórios financeiros obtidos por meio da quebra do sigilo bancário, autorizada pela Justiça, apontam para uma relação financeira suspeita entre as empresas que participaram dos mesmos processos licitatórios em Presidente Figueiredo. Segundo o Gaeco, essas empresas compartilhavam uma conta bancária única, que era usada para quitar as despesas umas das outras.

Além disso, o MP-AM alega que essas empresas também financiavam as despesas pessoais de Saullo Vianna e de sua mãe, Célia Vianna, utilizando recursos supostamente desviados. O desdobramento dessa investigação promete desvendar mais detalhes sobre o caso que tem gerado grande interesse público e político no Amazonas.


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