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“Velhos amigos, grandes esquemas”: Anderson Sousa e Fullvio Pinto fecham contrato de R$ 9,8 milhões em Rio Preto da Eva

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"Meu velho amigo dos esquemas": Anderson Sousa e Fullvio Pinto fecham contrato de R$ 9,8 milhões em Rio Preto da Eva

Manaus – O cenário político em Rio Preto da Eva volta a ser palco de tensões e suspeitas, à medida que o atual prefeito, Anderson Sousa, firma um contrato milionário com a empresa de seu aliado, o ex-prefeito Fullvio Pinto. Em meio a denúncias passadas e uma história repleta de controvérsias, a transação financeira, desta vez, destaca-se pelo valor exorbitante de R$ 9,8 milhões destinados ao aluguel de maquinário pesado por horas.

O contrato entre a Prefeitura de Rio Preto da Eva e a ALTO RIO EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES CIVIL LTDA, CNPJ:01.762.828/0001-40, de propriedade de Fullvio Pinto, não apenas chama a atenção pelo montante significativo, mas também pela falta de transparência quanto aos serviços a serem prestados e aos locais nos quais os maquinários serão utilizados. Essa falta de detalhes essenciais suscita questionamentos legítimos sobre a natureza e a justificativa desse acordo.

Outras polêmicas

Anderson Sousa e o ex-prefeito Fullvio Pinto, já foram investigados em 2023 pela pelo Ministério Público Federal, por suspeitas de desvio de recursos da previdência de Rio Preto da Eva, e também, mais recentemente, também foram alvos da operação “Emergência 192” da Polícia Federal, que investigou irregularidades na saúde pela Prefeitura de Rio Preto da Eva. Confira documento: MPF pede condenação do prefeito Anderson Souza por sonegação previdenciária.

Caso obscuro 

Além disso, ambos possuem ainda uma ligação mais obscura, sendo acusados em 2013 terem sido os planejadores da tentativa de assassinato do médico e ex-prefeito Luiz Ricardo Chagas; e do vice dele, Ernani Santiago. Fullvio é ex-secretário municipal de Finanças na administração do ex-prefeito Adail Paz, de 1998 a 2004 e assumiu a prefeitura em uma mandato tampão de apenas seis meses, quando foi eleito com ajuda de Anderson Sousa que havia sido cassado junto com seu vice.

Em 2008, Fullvio perdeu a eleição para Luiz Ricardo de Moura Chagas, o “Dr. Ricardo”, e o vice dele, Ernani Santiago que assumiram o comando do município e acusaram Fullvio de deixar um rombo de R$ 10 milhões nas contas da prefeitura. Por esse motivo, a Polícia Civil descobriu um plano para assassinar o prefeito Luiz Ricardo Chagas; o vice dele, Ernani Santiago; o procurador do município, Erick Franco de Sá e o empresário Antônio Carlos, que tinham como seus mentores intelectuais os ex-prefeitos Anderson Sousa e Fullvio Pinto.

Na época Anderson foi preso em uma mega operação da Polícia Civil juntamente com do bacharel em Direito Bolívar de Almeida Maués, o filho dele, Bruno Leandro Campos Maués, Marcos Antônio Lima, Maikon da Silva e Raimundo Raniere da Silva e um adolescente foi apreendido envolvidos no crime. Segundo o procurador Franco de Sá, os ex-prefeitos Fullvio e Anderson tinham a intenção de voltar comandar a prefeitura e por esse motivo, mandou matar o gestor do município e outros.

Segundo Virgílio César, Bolivar e Bruno teriam oferecido ao trio R$5 mil para matar o prefeito e vice-prefeito, além de R$ 15 mil no pagamento da morte do procurador de justiça. Ao todo, as quatro mortes custariam R$ 65 mil que seriam pagos por Anderson e Fullvio. Anos se passaram, o inquérito corre em segredo de justiça e Anderson Sousa retorna ao comando da prefeitura de Rio Preto da Eva, agora tendo o empresário Fullvio Pinto como seu principal fornecedor.


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