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TBT da Corrupção: condenado a 26 anos de prisão, fundador do site Metrópoles foi o 1º senador cassado da República Brasileira

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TBT da Corrupção: condenado a 26 anos de prisão, fundador do site Metrópoles foi o 1º senador cassado da República Brasileira

Brasil – Após uma longa batalha judicial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a pena aplicada ao empresário e ex-senador Luiz Estevão pelo crime de corrupção ativa. Esta condenação, apensar de não manter Estevão atrás das grades, remete a uma era sombria da política brasileira, marcada por escândalos e troca de favores.

Regalias

Os ministros da 5ª Turma mantiveram a pena em 3 anos e 11 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto. A sentença foi um desdobramento das investigações sobre as regalias concedidas a Luiz Estevão enquanto esteve detido no Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A descoberta de diversos itens proibidos, como cafeteira, cápsulas de café, chocolate e massa importada, durante uma revista na cela do empresário e na cantina do presídio, em 2017, foi o estopim para sua condenação.

Condenado inicialmente a 31 anos de prisão por uma série de crimes, incluindo corrupção ativa, estelionato, peculato e formação de quadrilha, Luiz Estevão viu sua pena ser reduzida para 26 anos após a prescrição de alguns delitos, como formação de quadrilha e uso de documento falsos.

Um marco na história

Mas a história de Luiz Estevão vai além das paredes da Papuda. Ele entrou para a história como o primeiro senador cassado da República no Brasil, em 2000, em meio a escândalos de corrupção que abalaram o país. Luiz Estevão foi cassado porque quebrou o decoro parlamentar ao omitir da CPI do Judiciário suas relações comerciais com a Incal, empresa responsável pela obra superfaturada do TRT paulista. A obra foi superfaturada em R$ 169 milhões.

Além de sua trajetória política, Estevão é conhecido por ser um dos fundadores do site de notícias Metrópoles, que possui uma audiência mensal de superior a 80 milhões de usuários únicos. O portal, criado em 2015, é propriedade de dois filhos do ex-senador.

Diante do histórico polêmico, surge a indagação sobre as reais intenções de Luiz Estevão quanto à política amazonense e a eleição municipal de Manaus neste ano de 2024. Estaria o empresário buscando voltar ao jogo político ou criar um “ninho” de influência midiática para os seus herdeiros na região? Bom, existe um jargão que costuma circular no meio político dos estados no Sudeste do país: “Está sem boa fama e com o nome sujo na praça? Vá para o Amazonas fazer dinheiro fácil!”.


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