Brasília Amapá |
Manaus

PF prende ex-diretor da PRF de Bolsonaro por interferência na eleição

Compartilhe
PF prende ex-diretor da PRF de Bolsonaro por interferência na eleição

Brasil – Na manhã desta quarta-feira (9/8), a Polícia Federal realizou a prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro. A ação ocorreu em Florianópolis, Santa Catarina, e foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão faz parte de uma operação que visa investigar possíveis irregularidades envolvendo o uso da máquina pública para influenciar o processo eleitoral de 2022.

Além da prisão de Silvinei Vasques, as autoridades cumpriram mais 10 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso, também autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. Um desses mandados tem o próprio ex-diretor da PRF como alvo, com as buscas sendo realizadas em seus endereços em Florianópolis.

A investigação concentra-se nas atividades de Silvinei durante o segundo turno das eleições, quando teria supostamente promovido blitze ostensivas e direcionadas na região Nordeste. Na época, as pesquisas indicavam uma vantagem de popularidade de Lula sobre Bolsonaro nessa região. A Polícia Federal instaurou a investigação após um pedido do Ministério Público Federal (MPF) em novembro do ano anterior.

A ação da PF foi deflagrada após a divulgação de vídeos em que eleitores nordestinos, em meio a transporte público, alegaram dificuldades em chegar aos locais de votação. A repercussão das imagens mostrando agentes impedindo o trânsito de eleitores gerou um movimento nas redes sociais sob a hashtag “Deixem o Nordeste Votar”, que rapidamente se tornou um dos tópicos mais discutidos no Twitter.

As autoridades alegam que os acontecimentos investigados podem configurar crimes como prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, além de crimes eleitorais como impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar ou recusar o fornecimento de utilidades e meios de transporte durante o dia da eleição, conforme estabelecido pelo Código Eleitoral Brasileiro.

A operação, batizada de “Operação Constituição Cidadã” pela Polícia Federal, faz alusão à Constituição promulgada em 1988, que consagrou o direito ao voto a todos os cidadãos brasileiros.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7