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Ministro do STJ contrariou interesses de empresa que cobra filha na Justiça

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Ministro do STJ contrariou interesses de empresa que cobra filha na Justiça

Brasil – Em uma série de reviravoltas judiciais, o ministro Marco Buzzi, integrante do Superior Tribunal de Justiça (STJ), enfrenta acusações de contrariar os interesses da Indústria de Mineração e Construção Brasil, uma empresa envolvida em processos judiciais. A situação é ainda mais complexa, já que a mesma empresa move uma ação contra a filha do próprio ministro.

A construtora alega ter contratado a advogada Catarina Buzzi, filha de Marco Buzzi, para prestar serviços de “consultoria jurídica” em uma ação na Justiça Federal em Minas Gerais, envolvendo uma quantia substancial de R$ 6,3 milhões. No entanto, segundo a empresa, os serviços não foram adequadamente prestados, levando à busca pela devolução de R$ 1,1 milhão.

Três casos que chamaram a atenção da comunidade jurídica vieram à tona recentemente. Em duas instâncias judiciais, o ministro Marco Buzzi votou de forma contrária aos recursos apresentados pela Indústria de Mineração e Construção Brasil. Um desses casos diz respeito a uma disputa em torno de um vultoso contrato de venda de imóvel. Em um terceiro processo, Marco Buzzi atuou como relator, negando um recurso que envolvia a ex-mulher do dono da empresa.

Apesar das tensões e dos potenciais conflitos de interesse envolvidos, não há evidências diretas de irregularidades por parte do ministro Marco Buzzi. A defesa do magistrado, entretanto, solicitou recentemente sua suspeição no terceiro processo, justificando-a pelo litígio em andamento entre a empresa e sua própria filha. Em declarações à imprensa, Catarina Buzzi afirmou categoricamente que nunca atuou como advogada da empresa em questão.

Diante das alegações e preocupações levantadas, a assessoria de imprensa do STJ se manifestou. Ela assegura que todos os recursos da Indústria de Mineração e Construção Brasil foram rejeitados, afastando qualquer suposição de favorecimento indevido. A nota emitida pela assessoria também sublinha que o processo conduzido pelo ministro Marco Buzzi envolvendo a ex-mulher do proprietário da empresa teve sua resolução decidida de forma desfavorável aos interesses da parte demandante.

O pedido de suspeição do ministro Marco Buzzi, apresentado somente recentemente, está sob análise do gabinete do próprio magistrado. A situação permanece delicada e suscita questionamentos sobre a imparcialidade e a ética nas tomadas de decisão dentro do STJ. A investigação sobre possíveis conflitos de interesse continua, enquanto o sistema judiciário enfrenta o desafio de manter a confiança do público em meio a essas controvérsias.

Créditos : Metrópoles


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