Lula tem se encontrado mais com o presidente da Argentina do que com seus 20 ministros brasileiros
Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá mais uma reunião com seu homólogo argentino, Alberto Fernández, nesta segunda-feira (26), em Brasília (DF). Este será o quinto encontro entre os dois desde o início do mandato de Lula em 1º de janeiro.
Surpreendentemente, Lula terá se encontrado com Fernández mais vezes do que com 20 de seus próprios ministros. O peronista é a autoridade internacional com quem o petista teve mais reuniões bilaterais em 2023.
A visita de Fernández ao Brasil ocorre dois dias após o prazo final para a confirmação dos candidatos à presidência da Argentina. Fernández decidiu não concorrer à reeleição em meio à baixa popularidade de seu governo.
Sua gestão enfrenta turbulências políticas e uma nova crise econômica, com significativa perda do poder de compra da população, sobretudo a mais pobre, e desvalorização do peso argentino, além de altos índices de inflação e juros, ambos na casa dos 100% ao ano.
Durante o encontro, Lula e Fernández provavelmente revisarão a declaração conjunta assinada pelos dois países em sua primeira reunião, realizada em janeiro, quando Lula visitou Buenos Aires em sua primeira viagem internacional após a posse.
Também será discutida a possibilidade de uma moeda comum na região, um tema que já foi abordado pelo governo de Lula anteriormente. O governo argentino acredita que uma nova moeda, com o apoio do Brasil, poderia ajudar o país vizinho a reduzir sua dependência do dólar.
Presidente Argentino
Alberto Fernández, o presidente argentino, tem enfrentado uma série de desafios desde que assumiu o cargo. A crise econômica que assola a Argentina tem sido uma das principais preocupações de seu governo.
A Crise Econômica da Argentina
Desde o início do mandato de Fernández, a Argentina tem enfrentado uma crise econômica complexa e desafiadora. O país tem uma longa história de instabilidade econômica, com altos índices de inflação, desvalorização da moeda e dívida pública significativa.
Uma das principais questões que contribuíram para a crise econômica é a perda do poder de compra da população. A inflação tem corroído o valor da moeda, afetando principalmente os setores mais pobres da sociedade. Além disso, a desvalorização do peso argentino aumentou a incerteza econômica e afetou negativamente os investimentos no país.
O papel de Fernández na crise econômica
Desde que assumiu o cargo, Fernández tem implementado medidas para lidar com a crise econômica, entre eles a aliança com o Brasil, buscando manter o fluxo de investimentos externos para manter postos de trabalho em seu próprio país. Seu governo também tem buscado renegociar a dívida pública argentina com credores estrangeiros, buscando condições mais favoráveis. Essas negociações foram desafiadoras e envolveram longas e complexas negociações.
Fernández também implementou políticas para combater a inflação e impulsionar a economia. No entanto, essas medidas têm enfrentado dificuldades desde a pandemia de COVID-19, que agravou ainda mais os problemas econômicos da Argentina.
