Brasília Amapá |
Manaus

Acusado de mandar matar Marielle, Domingos Brazão se pronuncia: “PF está me fazendo sangrar”; veja vídeo

Compartilhe
Acusado de matar Marielle, Domingos Brazão se pronuncia: "PF está me fazendo sangrar”; veja vídeo

Brasil – Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, negou veementemente envolvimento no assassinato de Marielle Franco. Alega ser vítima de uma injustiça e questiona a veracidade das delações. “Ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol”, declarou Brazão nesta terça-feira (23/1), em entrevista ao Metrópoles.

O político, citado nas investigações há mais de três anos, ressalta não conhecer Ronnie Lessa, Élcio, nem mesmo Marielle. Afirma não ter relações com milicianos e classifica as acusações como parte de uma estratégia para proteger alguém.

Brazão, que já foi acusado pela Procuradoria-Geral da República em 2019 por obstruir as investigações, respondeu com tranquilidade às perguntas, destacando não temer a investigação. Sobre a delação de Lessa, sugere que pode ser uma estratégia dos executores do crime ou até mesmo da Polícia Federal para desviar a atenção.

A reviravolta no caso Marielle veio com a delação de Ronnie Lessa, responsável pelos disparos fatais. O ex-policial teria apontado Domingos Brazão como um dos mandantes do brutal assassinato. O acordo de delação ainda aguarda homologação, e Brazão, até então, não era formalmente investigado no caso.

O advogado de Brazão, Márcio Palma, desconhece a menção na delação de Lessa e destaca a falta de acesso aos autos da investigação. O conselheiro, membro de uma família de políticos, vê o momento como parte de uma estratégia e aguarda o desenrolar das investigações.

Caso

Ronnie Lessa, responsável pelos disparos fatais que tiraram a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes, teria delatado o ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, como um dos mandantes do brutal assassinato. A informação foi revelada pelo Intercept Brasil nesta terça-feira (23).

Preso desde 2019, Ronnie Lessa fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal na semana passada, visando fornecer novos detalhes sobre o caso que abalou a sociedade brasileira. Esse acordo, no entanto, ainda está pendente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.

O nome de Domingos Brazão já havia sido mencionado na delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, também envolvido no assassinato de Marielle Franco. A acusação reforça as suspeitas sobre o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, que até então não era formalmente investigado nesse caso.

Procurado pelo Intercept, o advogado de Brazão, Márcio Palma, afirmou desconhecer a informação de que o nome do conselheiro foi citado na delação de Ronnie Lessa. Palma ressaltou que não tem acesso aos autos da investigação, considerando que Brazão não era formalmente investigado até então.

Domingos Brazão, ex-MDB, já foi formalmente acusado pela Procuradoria-Geral da República em 2019 por obstruir as investigações. Na época, ele figurava entre os suspeitos principais, com a hipótese de ter ordenado o atentado contra Marielle Franco como uma suposta vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo, então filiado ao PSOL. A rivalidade política entre Brazão e Freixo remonta a 2008, quando o nome do conselheiro foi citado no relatório final da CPI das Milícias, presidida por Freixo. A Operação Cadeia Velha, em 2017, também teve participação de Freixo e impactou políticos influentes do MDB no Rio de Janeiro, agravando ainda mais a relação conturbada entre os dois.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7