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Veja quem são os traficantes do PCC que queriam matar Sério Moro e sua família

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Veja quem são os traficantes do PCC que queriam matar Sério Moro e sua família

Manaus – A Polícia Federal (PF) prendeu, na tarde dessa quarta-feira (22/3), nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que pretendiam sequestrar e matar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

Os suspeitos detidos têm vasta ficha criminal e já haviam começado a executar o plano de ataque, alugando imóveis, que funcionavam como base de operações, e até construindo esconderijos.

Segundo fontes ligadas à investigação, os detidos foram:

Valter Lima Nascimento, o Guinho

Valter Lima Nascimento, conhecido como Guinho ou Zoinho, apontado como braço-direito do maior fornecedor de drogas para essa facção criminosa, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho. Investigações mostram também que ele seria o elo entre o grupo e traficantes de outros países da América Latina.

Nascimento já esteve preso em 2002, 2004, 2006, 2017 e 2019, quando foi flagrado com 400 quilos de cocaína num shopping em Santo André. Na ocasião, foi libertado sete meses depois, após conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em setembro de 2020, Nascimento foi condenado a mais de 20 anos de prisão por tráfico de drogas, e, em janeiro deste ano, foi preso por policiais militares da Rota, em São Paulo. Após seguirem uma denúncia anônima, ele foi localizado com a família, na região do Butantã. O bandido apresentou documento falso, como sendo Walter Fernandes Batista, mas acabou confessando seu verdadeiro nome e admitiu que era procurado pela Justiça.

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo

Outro nome expressivo dentro do grupo criminoso e que foi preso pelos agentes federais, nesta manhã, é Janeferson Aparecido Mariano. Segundo a testemunha anônima que denunciou o caso à PF, o líder do plano era Janeferson, também conhecido na facção como Nefo, Artur ou Dodge.

Ele já respondeu a ações por furto e sequestro e cárcere privado e também foi apontado como um dos responsáveis por organizar um motim dentro da Penitenciária Franco da Rocha, no interior paulista. Outros dois envolvidos estão foragidos. Um deles é Patric Velinton Salomão, 42 anos, conhecido como Forjado. Ele responde por organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, inclusive em um processo decorrente de um inquérito do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, do qual Gakiya faz parte. Ele deixou a Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir condenação de 15 anos e 10 meses de prisão.

Aline de Lima Paixão: Aline Arndt Ferri

Um dos celulares monitorados é de Aline Paixão, namorada de Janeferson, a quem cabia guardar os códigos usados pela facção para se referir à operação de sequestro (Flamengo), ação (Fluminense) e Moro (Tokio). “Os fatos investigados são de extrema gravidade, sendo que o êxito da empreitada criminosa comprometerá a paz pública e o próprio funcionamento do Estado”, observou a juíza Gabriela Hardt.

Outros presos

Claudinei Gomes Carias, também chamado de Nei

Claudinei Gomes Carias também responde a diversos processos no Tribunal de Justiça de São Paulo e chegou a cumprir pena pelo crime de tráfico de drogas.

Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê

Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê, também integra a maior facção criminosa do Brasil e possui antecedentes por roubo e tráfico de drogas. Em uma das vezes que foi preso, em agosto de 2003, estava em um carro roubado onde uma granada foi encontrada. Na época, ele foi apontado como um dos que atacaram três soldados da PM, em Taboão da Serra, nos dias anteriores, com artefatos explosivos.

Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan

Tido como um dos nomes importantes dentro da hierarquia da quadrilha, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, conhecido como El Sid, possui anotações por roubo, tráfico de drogas, associação para o tráfico, além de homicídio. Em setembro do ano passado, após seus advogados entrarem com um pedido na justiça para que ele respondesse pelos crimes em liberdade, ele foi colocado nas ruas.

Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, conhecida como Luana

Também foram presos Herick da Silva Soares, vulgo Sonata; Franklin da Silva Correa, vulgo Frank


Foragido

Outros dois envolvidos estão foragidos. Um deles é Patric Velinton Salomão, 42 anos, conhecido como Forjado. Ele responde por organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, inclusive em um processo decorrente de um inquérito do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, do qual Gakiya faz parte. Ele deixou a Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir condenação de 15 anos e 10 meses de prisão.

Forjado também já foi réu em processos por homicídio e lavagem de dinheiro. Em uma das ações, chegou a ser acusado pelo Ministério Público, junto a outros criminosos, de ocultar a movimentação financeira de R$ 1 bilhão decorrentes de atividades ilícitas da facção criminosa, entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Atualmente, é considerado foragido.

Cerca de 120 policiais federais cumpriam 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, em cinco unidades da Federação: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e São Paulo. Além de Moro, os criminosos pretendiam matar a esposa dele, Rosangela, e os filhos do casal.

Por que traficantes querem a cabeça de Moro?

No chamado Pacote Anticrime, Moro propôs, entre outras medidas, a vedação da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com advogados, em presídios federais.

Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi levado para a Penitenciária Federal de Brasília.


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