Putin é reeleito presidente da Rússia e diz que mundo pode estar a um passo da 3ª Guerra Mundial
Mundo – Vladimir Putin permanecerá à frente da Presidência da Rússia por mais seis anos. Na primeira coletiva de imprensa após a confirmação da vitória, o mandatário agradeceu pelos votos recebidos e disse que o mundo estará a um passo da Terceira Guerra Mundial se nações da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) colocarem homens na guerra contra a Ucrânia.
“Penso que tudo é possível no mundo moderno. É claro para todos que isto estará a um passo de uma Terceira Guerra Mundial em grande escala. Acho improvável que alguém esteja interessado nisso”, afirmou.
Putin afirmou também que estará disposto a trabalhar e a negociar com os Estados Unidos, independentemente de quem será eleito pelos americanos em novembro.
Observadores independentes relataram violações que teriam ocorrido nas assembleias de voto em todo o país durante os três dias de eleição. Estas incluíam queixas mais tradicionais sobre funcionários públicos serem forçados a votar, votos fraudulentos e relatos de que nas eleições de 2024 as autoridades por vezes nem sequer tentaram dar aos eleitores a oportunidade de votar secretamente.
Ainda na coletiva de imprensa, Putin considerou criar o que ele chama de “zona sanitária” na fronteira com a Ucrânia. “Não excluo isso, tendo em conta os trágicos acontecimentos ocorridos hoje, seremos forçados em algum momento a criar uma certa ‘zona sanitária’ nos territórios atuais subordinados ao regime de Kiev”, afirmou.
Na prática, Putin ameaça ocupar definitivamente uma parte do território ucraniano e criar uma área de “proteção”.
Eleição
Ele venceu o pleito com 87% dos votos, batendo o recorde anterior de 76,7% que havia alcançado nas últimas eleições — embora não tenha enfrentado nenhum candidato viável da oposição, uma vez que o Kremlin controla rigorosamente o sistema político, os meios de comunicação social e o processo eleitoral.
Muitos líderes ocidentais condenaram as eleições, dizendo que não foram livres nem justas, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que chamou Putin de “ditador” — e afirmou que ele estava “embriagado de poder”.
“Não há maldade que ele não vá cometer para prolongar seu poder pessoal”, acrescentou.