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Explosão solar pode causar apagão de internet no mundo todo, dizem cientistas

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Explosão solar pode causar apagão de internet no mundo todo, dizem cientistas

Mundo – Nos últimos dias, o mundo foi lembrado de uma força poderosa além de nossas fronteiras: o Sol. Cientistas têm alertado sobre uma temida explosão solar que poderia derrubar o sinal de internet e outros meios de comunicação. Mas o que exatamente isso significa para nós? Estamos em perigo iminente?

Compreendendo a Tempestade Solar

Uma tempestade solar é uma explosão magnética de larga escala que ocorre no Sol. Essa explosão ejeta uma massa solar e libera ondas eletromagnéticas em alta velocidade pelo universo. Quando essas ondas atingem a Terra, podem interferir no campo eletromagnético, afetando assim a comunicação e a tecnologia que tanto dependemos em nossa vida diária.

Recentemente, observou-se um aumento significativo na atividade solar, alertando os especialistas. Mark Miesch, da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), apontou que o Sol está em seu período mais ativo desde 2003, algo que não podemos ignorar.

As preocupações levantadas por cientistas como o professor Peter Becker sobre uma possível “apocalipse da Internet” são compreensíveis, mas outros especialistas discordam. Embora uma tempestade solar intensa possa teoricamente perturbar a rede elétrica e as comunicações, a probabilidade de isso causar um cenário catastrófico é baixa.

Sean Elvidge, da Universidade de Birmingham, tranquiliza dizendo que dispositivos domésticos não seriam afetados, e o impacto em transformadores desprotegidos seria limitado a casos específicos. Além disso, a última explosão solar que teve um impacto significativo ocorreu há quase 200 anos.

Incidente Recente e Lições Aprendidas

Na sexta-feira (10/2), o sol protagonizou sua segunda maior explosão em anos, causando um apagão de rádio em ondas curtas que afetou toda a América do Sul, África e o Atlântico Sul. A explosão solar ocorreu na mancha solar AR3575 às 10h14 pelo horário de Brasília, sendo registrada pelos sensores da NASA.

Felizmente, a mancha solar se deslocou para além da borda do sol, afastando-se da linha direta de visão da Terra. O físico solar Keith Strong comentou sobre a sorte de a explosão não ter ocorrido do lado da Terra, ponderando sobre a possível magnitude do evento caso fosse na nossa direção.

A colossal explosão solar foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (EMC), uma liberação significativa de plasma do campo magnético do Sol. Embora possa causar perturbações em nosso campo magnético e originar tempestades geomagnéticas, o evento não impactou a Terra de forma negativa, pois a localização da explosão não estava voltada para o nosso planeta.

Apesar da não direção para a Terra, os efeitos da explosão foram sentidos devido ao apagão extenso de rádio em ondas curtas, desencadeado pelo forte pulso de raios-X e radiação ultravioleta enviados em direção à Terra durante a erupção.

A radiação, viajando à velocidade da luz, atingiu a Terra em pouco mais de oito minutos, ionizando a camada superior da atmosfera, a termosfera, e resultando em apagões de rádio de ondas curtas. Embora o evento não represente riscos diretos para as pessoas na superfície terrestre, demonstra o impacto potencial das explosões solares nas comunicações globais e nas condições atmosféricas.

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