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Manaus é a nona capital em suicídios ” a doença da alma”

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noticia-suicidio-poderia-ser-evitado-se-sinais-nao-fossem-banalizados-4feece3cb747ebe61513bcd4567c0953Manaus é a nona entre as capitais do País em casos de suicídio, segundo dados apresentados pelo presidente da Associação Amazonense de Psiquiatria (AAP), Cleber Naief, durante o simpósio “Setembro Amarelo: Campanha Nacional de Prevenção ao Suicídio”, realizado nesta terça-feira, 13 de setembro, no auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). Os indicadores apontam, ainda, que a maior parte das causas está relacionada a transtornos de humor, principalmente depressão e bipolaridade, e aqueles associados ao uso de drogas lícitas e ilícitas.

A campanha Setembro Amarelo, voltada ao combate ao suicídio e à valorização da vida, é realizada pela primeira vez pela AAP no Amazonas e conta com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). Durante o simpósio, especialistas da área de Psiquiatria abordaram as principais causas e formas de prevenção do suicídio e destacaram que a questão tem que ser tratada no âmbito da saúde pública.

Ao todo, segundo dados da AAP, 96% das pessoas que cometeram suicídio sofriam de algum transtorno mental, sendo os principais os transtornos de humor (35%), como depressão e bipolaridade; transtornos por uso de álcool e outras drogas (22%); transtornos de personalidade (11,6%), como psicopatias e síndrome de boderline; e esquizofrenia (10%).

Segundo o levantamento apresentado pelo psiquiatra Cleber Naief, no Brasil a capital com maior índice de mortalidade por suicídio é a de Boa Vista, em Roraima, com muitos registros entre indígenas. É também maior o número de casos entre os homens. Em Manaus, há em média oito suicídios a cada 100 mil homens e dois a cada 100 mil mulheres. Os números são considerados defasados pela AAP em razão da subnotificação de casos.

Os psiquiatras, membros da AAP, Luiz Eduardo Fonseca e Pablo Gnutsmann abordaram durante o simpósio os mitos e verdades sobre os tratamentos psiquiátricos e os aspectos clínicos do suicídio. Os especialistas apontam que é necessário que a rede básica de saúde esteja preparada para identificar casos em que há risco potencial de suicídio e encaminhar para tratamento com profissionais especializados, das áreas de Psiquiatria e Psicologia.


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