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‘Será que é fraude?’: pesquisa eleitoral põe ‘caciques’ com altos índices de rejeição liderando intenções para 2022

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'Será que é fraude?': pesquisa eleitoral põe 'caciques' com altos índices de rejeição liderando intenções para 2022

Manaus – A pesquisa da Perspectiva Mercado de Opinião divulgada nesta segunda-feira (27/12) tem causando ‘estranheza’ após colocar Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e e Arthur Virgílio (PMDB) como líderes de intenção de voto no estado do Amazonas.  As figuras citadas na pesquisa são conhecidas na Região como ‘caciques da velha política’ e estão todas com suas imagens maculadas, já tendo sido citadas em escândalos e processos envolvendo crimes de corrupção.

Confira pesquisa na íntegra:

Pespectiva_Ultima-pesquisa-do-ano-para-Presidente-Governador-e-Senador-no-Amazonas.pdf

Disputa ao Governo

A pesquisa da Perspectiva destaca como cinco primeiros colocados Amazonino Mendes (DEM), seguido de Eduardo Braga (MDB), em terceiro Wilson Lima (PSC), quarto Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Carol Braz (sem partido).


Análise dos 3 colocados

Amazonino 

O pré-candidato ao governo aparece liderando as projeções de intenções de voto não apenas na Perspectiva, mas em outras empresas (Action Pesquisas, Direto ao Ponto, RealTime Big Data).

Eduardo Braga

Aqui encontra-se a primeira provável anomalia. Na pesquisa mais recente divulgada em novembro (Action entre 08 e 13/11/2021), Eduardo Braga estava sim na segunda posição, mas se encontrava com torno de 13,8% de intenção e uma grande taxa de rejeição ( 31,5%), não com 20,2%, como aponta a Perpectiva. Além disso, a própria empresa Perspectiva apontou que a taxa de rejeição de Eduardo Braga na verdade está maior (25,9%). E isto já era previsto, devido às últimas polêmicas envolvendo o senador e o destrato com a ministra Flávia Arruda (PL).

 

Portanto, era esperado também que Eduardo Braga tivesse uma queda nas intenções de voto. Mas não foi isto que ocorreu segundo a Perspectiva. A anomalia na pesquisa vai contra a tendência dos dados coletados no próprio estudo. Outro indicador interessante, é o comparativo entre os medidores das “opiniões espontâneas” e “estimuladas”.

 

Perceba que Braga possui um percentual menor do que o próprio governador Wilson Lima na “Espontânea”, no entanto, ‘magicamente’ aparece com maiores intenções tanto na 1ª quanto na 2ª “opção Estimulada”. Além disso, segundo a Perspectiva, o senador também tem maior parte de seus votos no interior (27%), e apenas 15% na capital. Se este dado for verdadeiro, isto pode ser explicado por meio das emendas parlamentares às prefeituras municipais para criar “alianças” no interior, mecanismo que não apenas Braga, mas o próprio Omar Aziz certamente estão usando.

Wilson Lima

Era esperado que Lima apresentasse um forte crescimento por conta das últimas atuações como liberação do maior Fundeb da história do Amazonas, Auxílio Estadual e muitas campanhas em assistência ao interior do Estado do Amazonas. Além disso, em mensagem de Natal, o governador pediu desculpas pelas falhas durante a passagem de 2021 e citou os “caciques” sobre sabotagem no Governo,ato que foi visto como um gesto de humildade.

De novembro, citando a Action ( 9,0%), Lima teve uma salto para 17% nas intenções de voto. E a taxa de rejeição, marcada por 56,9% (Action), a própria Perspectiva assume que tenha caído, estando ao menos 14 pontos menor, em 42,4%.

Como já mencionado, a imagem de Lima melhorou no interior, local em que se concentram os seus votos e isto a Perspectiva também não conseguiu esconder. Confira:

Disputa ao Senado

 

Aqui as anomalias se acentuam de forma descarada. Omar Aziz (20,2) e Arthur Virgílio (17,8) assumem o primeiro e segundo lugar à frente de Menezes (15%), que liderava as intenções de voto em novembro (18% – pela Action; 14,5 – pela Direto ao Ponto).

 

Rejeição

A própria Perspectiva assume que Omar e Arthur possuem o maior índice de rejeição da população amazonense entre os demais pré-candidatos.

Menezes desabafa

Sobre a próprias pesquisas lançadas por Durango Duarte, o próprio pré-candidato ao senado coronel Menezes já se pronunciou: “Eu consigo entender o que leva esta figura a fazer esse tipo de ação. Ele sabe que se o seu protetor perder a eleição, os polpudos contratos que ele mantém com o Poder Público estarão seriamente ameaçados. Se eu vencer então, ele pode estar preparado que, dentro da lei, tudo que esse cidadão recebe do estado será fiscalizado com lupa. Ele não terá vida fácil, vou dedicar uma atenção especial à esta questão. Vai acabar essa verdadeira mamata dele”, afirmou Menezes.


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