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“Se estranhando”: Geraldo Alckmin contraria Lula e diz que Governo Federal não quer estatizar a Eletrobras

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Conflito: Geraldo Alckmin contraria Lula e diz que Governo Federal não quer estatizar a Eletrobras

Brasil – Uma divergência marcante entre Geraldo Alckmin e Lula veio à tona nesta sexta-feira (19), enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin exercia a presidência do país. Lula está no Japão, para participar do encontro do G7.

Durante uma entrevista à CNN Brasil, Alckmin afirmou que o Executivo não tem a intenção de reestatizar a Eletrobras e que a contestação se baseia na distribuição das ações e no acesso limitado ao conselho. Essa declaração contrasta com os pronunciamentos recentes de Lula. Durante um evento realizado em 11 de maio, Lula descreveu a privatização da Eletrobras como “bandidagem” e anunciou a intenção de buscar o retorno do governo ao controle da empresa. Em outras ocasiões, Lula chegou a afirmar que o governo deveria ser novamente “dono” da Eletrobras.

Lula também acusou, sem apresentar provas, que o governo Bolsonaro teve envolvimento em um esquema de corrupção, em parceria com o setor privado, no processo de privatização da empresa. Ele afirmou que, caso o governo brasileiro tente recomprar a Eletrobras, terá que pagar três vezes mais do que o valor oferecido pelo setor privado. Lula também mencionou a intenção de abrir um processo para investigar e provar a corrupção envolvida na privatização.

Em resposta a essa situação, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para questionar o limite de 10% no direito de voto da União na Eletrobras. O documento, assinado por Lula, busca anular esse trecho da lei, alegando que a União deve ter “controle” sobre a empresa, já que é a maior acionista, detendo 43% das ações. O governo busca restringir a aplicação desse limite apenas às ações adquiridas após a privatização.

Essa divergência entre Alckmin e Lula sobre a privatização da Eletrobras reflete as visões opostas em relação ao papel do governo na empresa e a possibilidade de reestatização. O debate acirrado e as acusações de corrupção levantadas pelo ex-presidente Lula aumentaram a tensão em torno desse tema controverso, que continua a gerar intensos debates no cenário político e econômico do país.


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