Brasília Amapá |
Manaus

Prefeita Marina Pandolfo ‘debocha’ do MPAM e dança ‘dengo’ ao lado de João Gomes em Nhamundá; veja vídeo

Compartilhe
Prefeita Marina Pandolfo 'debocha' do MPAM e dança 'dengo' ao lado de João Gomes em Nhamundá; veja vídeo

Amazonas – Em uma medida ousada que gerou polêmica e levantou questionamentos, a prefeita Marina Pandolfo, de Nhamundá (a 382 quilômetros de Manaus), ignorou as recomendações do Ministério Público do Amazonas (MPAM)  e prosseguiu com o show do cantor João Gomes. O evento, que custou a exorbitante quantia de R$ 500 mil, foi realizado em Nhamundá, e a prefeita Pandolfo ainda subiu até ao palco para dançar ao lado do artista popular.

Veja vídeos: 

 

A decisão de prosseguir com o show ocorreu após o Ministério Público do Estado do Amazonas solicitar a suspensão da apresentação, alegando preocupações com os gastos excessivos envolvidos. O promotor Márcio Pereira de Mello argumentou que o município, com recursos financeiros limitados e inúmeras demandas urgentes por serviços públicos essenciais, não deveria destinar um orçamento tão significativo para um evento de entretenimento.

“O membro do Ministério Público do Estado do Amazonas levou em consideração a crise econômica enfrentada pelo município, que luta para financiar e manter serviços básicos essenciais, como saúde, educação, saneamento básico e infraestrutura. Essa despesa de R$ 500 mil em um evento musical contrasta fortemente com a existência de um lixão a céu aberto e a falta de sinalização nas ruas”, afirmou o Ministério Público em comunicado.

Apesar da oposição e das preocupações levantadas, o site oficial da Prefeitura de Nhamundá anunciou que o evento seguiria conforme planejado. Além disso, foi esclarecido que o município não seria responsável por cobrir a taxa do artista, uma vez que as despesas seriam custeadas por fontes externas.

O custo total de R$ 500 mil seria coberto por uma combinação de recursos, incluindo uma emenda parlamentar do deputado Abdala Fraxe (Avante) no valor de R$ 200 mil, mais R$ 300 mil da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), e a estrutura do palco e iluminação fornecidas pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).

Além dessas contribuições financeiras, as bandas locais e regionais que participam do evento receberiam pagamento da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa.

Embora o município ainda não tenha recebido qualquer notificação judicial oficial sobre o cancelamento do show ou sobre quaisquer questões relacionadas ao evento, a prefeita Pandolfo já preparou uma defesa e apresentou argumentos ao tribunal, enfatizando que o ônus financeiro para a prefeitura será mínimo.

A decisão de prosseguir com o show, apesar da oposição do Ministério Público e das preocupações levantadas pela comunidade, gerou um intenso debate sobre as prioridades do governo local e a alocação de verbas públicas. Críticos argumentam que um gasto extravagante com entretenimento é injustificável quando os serviços essenciais estão subfinanciados e necessidades urgentes de infraestrutura permanecem sem solução. Enquanto isso, os defensores argumentam que eventos culturais contribuem para a economia local e elevam o moral da comunidade.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7