Pré-Candidato à prefeitura de Caapiranga é suspeito de comandar esquema de transporte ilegal de madeira; veja documentos
Amazonas – No dia 14 de julho de 2023, uma operação policial chocante revelou mais um episódio alarmante de transporte ilegal de madeira e a participação de um empresário e pré candidato a prefeitura da região.
Um motorista de caminhão caçamba, identificado como José Raimundo da Silva Ferreira Junior, de apenas 24 anos, foi flagrado transportando de forma ilegal cerca de 6 metros cúbicos de madeira do tipo azimbre, na comunidade São Domingos, zona rural da cidade de Novo Airão.
Esse incidente revela uma triste realidade que tem devastado nossas florestas e causado danos irreparáveis ao meio ambiente.
O desrespeito às leis de proteção ambiental e a busca desenfreada por lucro têm alimentado a prática criminosa do desmatamento ilegal e transporte de madeira sem as devidas autorizações.
Ao ser abordado por policiais militares, José Raimundo da Silva Ferreira Junior admitiu ter sido contratado para realizar o transporte ilegal da madeira, recebendo uma quantia de R$700 pelo serviço.
Além disso, o depoimento revelou um aspecto ainda mais preocupante, o contratante responsável pela carga ilícita é ninguém menos que Francisco de Souza Oliveira, também conhecido como “Chicoria”, pré-candidato à prefeitura de Caapiranga, cidade distante à 130 km de Manaus.
A ligação entre “Chicoria”e um ato criminoso como o transporte ilegal de madeira não apenas lança dúvidas sobre a integridade e ética do empresário em questão, mas também suscita preocupações sérias sobre a possível influência de interesses ilegais e antiéticos na corrida eleitoral.
O envolvimento de uma figura política em atividades ilegais, como a exploração desenfreada de recursos naturais exige uma investigação rigorosa.
Além das implicações políticas e éticas desse caso, é crucial destacar as consequências devastadoras desse tipo de atividade para o meio ambiente.
A extração ilegal de madeira contribui para o desmatamento, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas florestais, comprometendo a qualidade do ar, da água e impactando negativamente as mudanças climáticas.
Adicionalmente, a falta de documentação adequada, como o Documento de Origem Florestal (DOF), agrava ainda mais a gravidade do crime.
O DOF é um instrumento fundamental para garantir a rastreabilidade e legalidade da madeira extraída, evitando a participação no mercado ilegal que financia a destruição ambiental.
Além disso, medidas mais drásticas podem ser necessárias para garantir que a busca desenfreada por lucro não continue a alimentar a prática criminosa do desmatamento ilegal e transporte de madeira sem autorização.
Caso seja constatado que o empresário Chicoria esteja envolvido na exploração ilegal de madeira em suas operações de serraria e olaria, a suspensão do Alvará e Licença de Operação para ambas as atividades se mostra como uma ação coerente e necessária.
A adoção dessa medida extrema serviria como um sinal claro de que práticas ilegais e antiéticas não serão toleradas, independentemente do status político ou econômico dos envolvidos.