‘Calote nos Garis’: Empresa ligada à família de Rodrigo Guedes arma demissão de funcionários para não pagar indenizações
Manaus – A empresa Mamute Conversação LTDA, empresa ligada à família do vereador Rodrigo Guedes (Republicanos), está sendo alvo de uma nova polêmica nesta segunda-feira (18). A empresa foi alvo de protestos de seus funcionários demitidos no bairro Dom Pedro, zona Oeste de Manaus, que cobravam o pagamento de indenizações trabalhistas.
A empresa Mamute Conservação, que tem como um dos sócios o primo do vereador Rodrigo Guedes, Carlos Edson Guedes de Oliveira Junior, já recebeu dos cofres municipais na atual gestão R$ 147 milhões. Mesmo com essa bolada toda, as empresa está sendo acusada pelos seus funcionários de está dando calote nos pais de família. Segundo os trabalhadores, a Mamute quer que eles assinem a carta de demissão, e desta forma, não paguem os direitos trabalhistas.
Semulsp não aguentava mais a Mamute
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Limpeza Pública deixou claro que a empresa que atuava como terceirizada já estava com a prestação de serviço e contratos saturados, sem amparos legais e precisava ser substituída. A nova empresa, a MURB, teve que entrar emergencialmente e ainda contratou 80% dos empregados que estavam na Mamute para evitar o caos. Confira na íntegra:
“A partir deste domingo, dia 17/7, a empresa MURB Serviços assumiu os serviços que vinham sendo prestados pela Mamute Conservação, Construção e Pavimentação Ltda. de apoio, de limpeza e manutenção de vias e espaços públicos executados pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) na capital amazonense.
O contrato com a Mamute já estava em sua nona renovação e com duas dispensas, portanto, sem amparo legal para novas adições. Além disso, sem qualquer comunicação formal, a Mamute retirou, na última sexta-feira, dia 15, colaboradores e equipamentos de operação.
A nova empresa foi selecionada em caráter emergencial, na modalidade dispensa de licitação, e atuará temporariamente até que a Prefeitura de Manaus conclua no prazo previsto de 180 dias o processo de elaboração da licitação que definirá um novo prestador.
A MURB Serviços reaproveitou 80% do quadro de funcionários da Mamute.
Em relação à falta de pagamento dos funcionários da empresa Mamute, a Semulsp não tem conhecimento, pois para cada medição paga à empresa é essencial a apresentação de comprovantes da folha de pagamento, certidão negativa de FGTS e INSS, e caso houvesse falta de pagamento a empresa não conseguiria a emissão de tais documentos.
A Semulsp reitera seu compromisso com a população e a cidade de Manaus e afirma que nenhum serviço prestado pela secretaria foi afetado. Nesta segunda-feira, 18, os servidores da pasta encontram-se espalhados em diversos pontos da cidade com a programação normal de trabalho em diversos serviços, como capinação, poda, lavagem, varrição e outros trabalhos.”
