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Nível dos rios no AM está abaixo do esperado para o transporte fluvial de cargas, alerta Sindarma

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Nível dos rios no AM está abaixo do esperado para o transporte fluvial de cargas, alerta Sindarma

Amazonas – O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) emitiu um alerta sobre as preocupantes condições do transporte fluvial de cargas no estado devido à persistente estiagem e aos efeitos do fenômeno El Niño. Mesmo com o início das chuvas, ainda de forma tímida, e a elevação do nível dos principais rios, a entidade destaca que a situação está distante da normalidade para esta época do ano.

O vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega, ressalta que as previsões indicam que a situação só se regularizará em março ou abril de 2024. Ele alerta para os impactos nos setores de transporte de produtos, especialmente combustíveis, alimentos e insumos, cuja movimentação é vital para a região.

“Nossa preocupação é garantir a continuidade das operações dentro das normas de segurança e sustentabilidade. As chuvas na Região Metropolitana de Manaus têm pouco efeito para as condições de navegabilidade na bacia. O importante é que chova nas cabeceiras dos rios nos Andes, no Peru e na Bolívia. Quanto maior o volume nestes locais, melhor a navegação em toda a Amazônia”, destaca Nóbrega.

Segundo o vice-presidente, as regiões mais preocupantes atualmente são o Alto Solimões, próximo ao município de Tabatinga, e a Boca do Madeira, entre Nova Olinda do Norte e Borba. Ele enfatiza que, apesar das dificuldades, as empresas transportadoras do Amazonas têm mantido seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico do estado, evitando riscos de desabastecimento na região.

Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) revelam que a seca já teve impactos na navegação na região. Na bacia do Rio Negro, o volume de cargas transportadas entre julho e setembro diminuiu 18,3% em comparação com o mesmo período de 2022. O transporte de óleo bruto e derivados de petróleo foi particularmente afetado.

Apesar dos prejuízos, as empresas têm mantido suas atividades, garantindo o abastecimento na região. O Sindarma destaca a importância de medidas de apoio para a continuidade das operações e reitera o compromisso com a segurança e a sustentabilidade no transporte fluvial na Amazônia.

Prejuízos

Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgados no mês passado, indicam que a seca no Amazonas teve reflexos pontuais na navegação da região. Na bacia do Rio Negro, por exemplo, o volume de cargas transportadas entre julho e setembro diminuiu 18,3% em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente de óleo bruto (-83%) e derivados de petróleo (-23%).

Ainda segundo o órgão, na hidrovia do Rio Amazonas, houve o crescimento de 1,8% na navegação interior e na do Rio Madeira, uma das mais afetadas na estiagem, não houve redução nos volumes transportados no terceiro trimestre de 2023, com queda de 42% nos contêineres transportados.

“Apesar de todas as dificuldades, as empresas transportadoras do Amazonas mantiveram seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico do estado, afastando qualquer risco de desabastecimento na região e seguiram as atividades apesar contabilizar prejuízos significativos provocados pela estiagem e ausência de apoio para continuidade das operações”, afirmou o dirigente.


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