Google remove cotação da barra de busca e corrige erro que indicava dólar acima de R$ 6
Brasil – Nesta quarta-feira (6), o Google exibiu uma cotação incorreta do dólar, que chegou a mostrar a moeda americana cotada a R$ 6,19 – um valor muito acima do registrado pelo mercado financeiro. No entanto, a cotação oficial do dólar comercial atingiu a máxima de R$ 5,86 por volta das 9h07 e recuou para R$ 5,71 durante a tarde, com variação de 0,58%.
A diferença chamou atenção dos usuários, que notaram a disparidade ao consultarem o valor pelo Google. A plataforma exibiu o dólar com uma tendência de alta durante a manhã e início da tarde, atingindo o pico de R$ 6,19 às 13h20. Se fosse real, esse valor representaria o maior nível nominal da moeda americana na história do Brasil, superando o recorde de R$ 5,90 registrado em maio de 2020.
A cotação equivocada do Google é fornecida pela Morningstar, empresa americana especializada em dados financeiros, que também fornece informações sobre cotações globais. No entanto, a falha não se limitou ao dólar turismo, que, à mesma hora, era cotado em torno de R$ 6,01, mas refletiu de maneira incorreta o valor do dólar comercial, usado nas operações de mercado. A confusão gerada entre os usuários foi evidente, uma vez que o Google, até então, apresentava cotações alinhadas com os números do mercado financeiro.
Por volta das 13h50, o Google corrigiu o erro e passou a exibir o valor atualizado do dólar a R$ 5,71, alinhado ao mercado. Contudo, às 15h20, a plataforma optou por retirar do ar as informações sobre a cotação da moeda americana. Em resposta à imprensa, o Google não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o ocorrido até o momento desta publicação.
Repercussão e Contexto no Mercado Financeiro
A discrepância na cotação ocorreu em um dia de incertezas no mercado financeiro, impulsionadas pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o que provocou volatilidade nos preços globais de moedas e ativos. A eleição de Trump, do Partido Republicano, gerou um “clima de tensão”, conforme declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que alertou para a necessidade de aguardar as primeiras medidas do novo governo republicano para avaliar os impactos concretos na economia global.
Além disso, o mercado brasileiro está atento à agenda de medidas de corte de gastos públicos que o governo brasileiro deve anunciar nos próximos dias, com possíveis ajustes em programas como seguro-desemprego, abono salarial e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).