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Exxon Mobil tem pior lucro trimestral desde 1999

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DALLAS – A Exxon Mobil, uma das maiores petroleirs do mundo, registrou no primeiro trimestre o pior lucro em 17 anos, em meio à queda no preço do petróleo. O lucro caiu 63% em relação aos três primeiros meses de 2015 e a receita recuou 28% no período, apesar do aumento de 2% na produção da commodity.

A companhia continua a cortar gastos de capital para lidar com o recuo dos preços. A empresa cortou as despesas em 33%, a US$ 5,1 bilhões, uma queda de 33% ante os primeiros três meses do ano passado. O cenário adverso impactou a nota de crédito máxima (“AAA”) da compahia na agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que rebaixou o rating em um nível pela primeira vez em mais de seis décadas.

A Exxon afirmou nesta sexta-feira que ganhou US$ 1,81 bilhão no primeiro trimestre, ante US$ 4,94 bilhões no mesmo período do ano passado. Foi o menor lucro desde o US$ 1,5 bilhão registrado no terceiro trimestre de 1999. O lucro por ação foi de US$ 0,43, o que superou expectativas de bancos em Wall Street. A média de analistas consultados pela AP indicava ganho de US$ 0,31 por papel.

— O mercado já está deixando para trás esses resultados já que o petróleo avançou quase 80% desde baixas anteriores — afirmou Brian Youngberg, analista de energia na Edward Jones, ao “Wall Street Journal”. — A expectativa era que os ganhos fossem realmente ruins para o setor inteiro, mas muitas companhias foram melhor.

A receita da compahia recuou a US$ 48,71, apesar de ter ultrapassado a projeção média do mercado de US$ 44,75 bilhões.

No trimestre, a Exxon perdeu US$ 76 milhões no departamento de exploração e produção devido a uma perda de US$ 832 milhões nos Estados Unidos. Há um ano, o negócio lucrou US$ 2,9 bilhões sobre uma perda menor de US$ 52 milhões nos país.

A empresa registrou lucro no negócio de refinaria e combustíveis, no entanto, o resultado foi inferior ao ano anterior devido a margens mais fracas no setor de refino. A divisão de químicos, por sua vez, faturou US$ 1,4 bilhão, um aumento de US$ 373 milhões frente ao primeiro trimestre de 2015.


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