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Dívidas de conta de luz e água caem após melhora do emprego, diz Serasa

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Brasil – Contas básicas, como de luz, água e gás, tiveram queda da inadimplência após melhora do emprego no país. Segundo pesquisa da Serasa, entre as dívidas dos brasileiros, a categoria teve a maior variação, com um recuo de 13 pontos percentuais, passando de 32% em 2021 para 19% neste ano. As demais dívidas tiveram poucas alterações.

“Agora o brasileiro está retomando o emprego e a renda. Com isso, começou a pôr a vida em dia e está priorizando as contas que têm impacto direto no bem-estar da família, como as de água, luz e gás”, afirma Matheus Moura, diretor da Serasa.

O levantamento, produzido pelo Instituto Opinion Box em todo o país, mostra ainda que existe grande correlação entre desemprego e endividamento.

“O endividamento é causado por uma soma de fatores, como desemprego e inflação, que diminui o poder de compra dos consumidores, além da falta de educação financeira. Mas o principal motivo é o desemprego. A boa notícia é que a taxa de desemprego vem-se reduzindo, principalmente entre jovens de 20 a 25 anos, que são os que mais estão negociando dívidas”, explica Moura.

Mesmo em queda leve nos indicadores do país, o desemprego ainda é considerado o principal motivo de endividamento, apontado por 29% dos entrevistados. Na sequência, aparece a causa da redução na renda própria (12%). Chama a atenção no estudo que 11% dos pesquisados em todo o país revelam ter emprestado o nome para um amigo, conhecido, colega ou familiar e este nunca honrou com o compromisso financeiro assumido.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2022 foi de 8,7%, o que representa recuo de 0,6 ponto percentual ante o segundo trimestre de 2022 (9,3%) e queda de 3,9 pontos frente ao mesmo trimestre de 2021 (12,6%).

Para o diretor da Serasa, o momento é desafiador, já que é o nono mês consecutivo de alta da inadimplência, com 68 milhões de brasileiros endividados, número maior que no ápice da pandemia de Covid-19. A falta de pagamento de juros a bancos e cartões de crédito lidera o ranking das dívidas, com 53%, seguido por carnês, crediário ou cartão de lojas, com 34%.


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