Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

BYD vai iniciar montagem de veículos na Bahia ainda em julho para reduzir dependência de importações

Compartilhe
BYD vai iniciar montagem de veículos na Bahia ainda em julho para reduzir dependência de importações

Brasil – A montadora chinesa BYD está prestes a dar um passo estratégico importante no Brasil: iniciar a montagem local de seus veículos elétricos na unidade de Camaçari, na Bahia, ainda neste mês. A informação foi confirmada por Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da empresa no país.

O objetivo da BYD é montar cerca de 50 mil carros ainda em 2025, a partir de kits importados no modelo CKD (completely knocked down), como forma de reduzir a dependência das importações diretas da China, especialmente agora que o imposto de importação sobre veículos elétricos começou a subir a partir de 1º de julho.

“Devemos inaugurar a unidade nos próximos dias”, afirmou Baldy, sem cravar uma data exata, já que a fábrica ainda aguarda aprovações regulatórias finais.

Corrida contra o tempo e o imposto

Para aproveitar a janela de tarifas mais baixas, a BYD importou cerca de 22 mil veículos chineses nos primeiros cinco meses de 2025, o que gerou incômodo no setor automotivo nacional, que acusa a montadora de ter dado preferência à produção asiática, postergando o início das atividades em território brasileiro.

A fábrica em Camaçari, instalada no antigo complexo industrial da Ford, foi adquirida pela BYD em 2023 e vem sendo adaptada desde então. A expectativa, segundo Baldy, é que a produção local completa se inicie em julho de 2026, com a nacionalização gradual de peças e processos.

Empregos e polêmicas

Uma vez totalmente operacional, o complexo baiano deverá gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos, o que representa uma injeção importante na economia da região. Contudo, os planos da empresa foram abalados por denúncias graves feitas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) no final de 2024.

A BYD e empreiteiras chinesas contratadas para as obras foram acusadas de tráfico de pessoas e submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão. Após fracasso nas tentativas de acordo, o MPT entrou com uma ação judicial em maio responsabilizando a empresa e os envolvidos.





Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais