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Boeing planeja cortar mais de 4,5 mil vagas este ano

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CHICAGO – A fabricante de aeronaves Boeing planeja cortar cerca de 4 mil postos de trabalho em sua divisão de aviões comerciais em meados deste ano e mais cerca de 550 postos de trabalho em uma unidade que realiza testes de voo e de laboratório, disseram porta-vozes da empresa. A medida busca reduzir custos em meio à concorrência do grupo Airbus.

Os cortes no momento não serão feitos de maneira involuntária. As economias da empresa virão, portanto, a partir da saída de 1,6 mil funcionários da divisão de aviões comerciais através de um programa de demissão voluntária, disse o prota-voz Marc Birtel à Bloomberg. O restante deve ocorrer pelo não preenchimento de outras 2,4 mil vagas abertas, disse o porta-voz Doug Alder. Os cortes respondem por cerca de 4,8% da força de trabalho da companhia.

— Embora não exista nenhuma meta de redução de empregos, quanto mais nós pudermos controlar os custos como um todo menos impacto haverá para o nível de emprego — disse Alder.

A divisão de aeronaves comericais, que respondeu por 61% do lucro da Boeing em 2015, também reduzindo a estrutura de gerenciamento para criar uma “organização mais simples e ágil que possa responder às demandas do mercado”, disse Birtel.

A Boeing também vai cortar cerca de 10% dos cerca de 5,7 mil postos de trabalho em sua divisão que realiza testes de vôo e de laboratório, disse a porta-voz Sandra Angers à Reuters. A Boeing tinha um total de 161.400 empregados em 31 de dezembro.

Mas as estratégias para conter gastos da companhia vão além dos custos trabalhistas. A Boeing está em fase de renegociação contratos com fornecedores, consolidação de programas, além trabalhar para estimular a produtividade e qualidade e cortar viagens profissionais e estoques, disse Birtel.

No ano passado, a Airbus superou a Boeing no ano passado, devido à forte demanda pelos modelo A321neo e ao balanço cambial que reduziu os custos da empresa francesa. A Airbus recebeu 1.036 pedidos de aviões comerciais. Apesar da receita recorde da Boeing de US$ 96,1 bilhões e da entrega de 762 aviões comerciais no ano passado, os ganhos ajustados da companhia caíram 13% para US$ 7,74 bilhões com relação a 2014.


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