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Batendo recorde de gastos, equipe de transição de Lula tem 283 pessoas enquanto a de Bolsonaro teve apenas 31

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Estourando os gastos, equipe de transição de Lula tem 283 pessoas enquanto a de Bolsonaro teve apenas 31

Brasil – Com quatro vezes o tamanho previsto em lei e muitos voluntários, time acomoda ex-ministros, aliados derrotados e celebridades Ao concluir nesta quarta-feira o anúncio de todos os convocados para compor a equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin consolidou um recorde histórico no Brasil.

O time que vai compor a transição entre os governos Bolsonaro e Lula já soma 283 integrantes – já sem Isabel Salgado, que chegou a ser indicada para o grupo de trabalho de Esportes, mas faleceu nesta quarta-feira -, e isso porque alguns nomes ainda devem ser indicados nos próximos dias. O contingente representa mais de quatro vezes o previsto na lei da transição para esse tipo de trabalho, 50.

No total, a folha salarial da transição custa R$ 175 mil brutos por mês, com funcionários distribuídos em quatro categorias: níveis 4 a 7.

A equipe. Chefe, o vice-presidente eleito é CETG (Cargo Especial de Transição Governamental) nível 7, com remuneração de R$ 17.327,65.

O auxiliar direto, Floriano Pesaro, vem logo abaixo, com nível 6 (R$ 16.944,90).

Outros cinco nomes ocupam funções nível 5 (13.623,39).

Já sete membros da equipe são nível 4 (R$ 10.373,30).

Confira a lista:

Geraldo Alckmin – Nível 7 – R$ 17.327,65
Floriano Pesaro – Nível 6 – R$ 16.944,90
Paulo Bernardo – Nível 5 – R$ 13.623,39
João Luiz Silva Ferreira – Nível 5 – R$ 13.623,39
Márcio Fernando Elias Rosa – Nível 5 – R$ 13.623,39
Miriam Belchior – Nível 5 – R$ 13.623,39
Pedro Henrique Giocondo Guerra – Nível 5 – R$ 13.623,39
José Pimentel – Nível 4 – R$ 10.373,30
Cassius Antônio Rosa – Nível 4 – R$ 10.373,30
Maria Helena Guarezzi – Nível 4 – R$ 10.373,30
Wagner Caetano Alves de Oliveira – Nível 4 – R$ 10.373,30
Daniella Fernandes Cambauva – Nível 4 – R$ 10.373,30
Fábio Rafael Valente Cabral – Nível 4 – R$ 10.373,30
Vinicius Carnier Colombini – Nível 4 – R$ 10.373,30

O CETG, identificação funcional dos membros do gabinete, é uma ocupação temporária prevista em lei. São dois dispositivos que regem os trabalhos de transição: a Lei 10.609/2002 e o Decreto 7.221/2010.

Esse limite, porém, é apenas o número máximo de pessoas a receberem salário do governo para compor a transição. Não há nenhuma restrição a que mais pessoas participem, desde que seja para trabalho voluntário.

É o caso, por exemplo, do ex-ministro Guido Mantega, que está proibido de assumir funções públicas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas atuará sem remuneração.

Voluntários

Além dos 14 remunerados, a equipe da transição conta com a atuação de dezenas de colaboradores, intermediadores e influenciadores. São pessoas que não recebem vencimentos, mas que eventualmente podem ter passagens e diárias custeadas via dotação orçamentária.

Para chegar ao número final de integrantes do time da transição, a equipe do blog levou em conta a lista oficial divulgada no site do Partido dos Trabalhadores e a atualizou com base nos nomes anunciados publicamente por Alckmin desde a formação do gabinete de transição.

Com uma aliança formada inicialmente por dez partidos e aliados em outras quatro legendas, Lula teve que acomodar todo tipo de interesse: dirigentes partidários, militantes históricos, ex-ministros que não estarão no governo, aliados que não se elegeram em seus estados e celebridades que vão do astro do futebol Raí até a atriz Lucélia Santos, passando pela chef Bela Gil, que compõe o grupo de combate à fome.

É um cenário bem diferente de 2002, quando o petista se elegeu pela primeira vez, e até de 2018, quando o atual presidente, Jair Bolsonaro, escolheu um time enxuto para fazer a transição entre o governo Michel Temer e sua administração.

Há 20 anos, na primeira vez que um gabinete de transição foi formado desde a redemocratização após um decreto de Fernando Henrique Cardoso, Lula teve 51 integrantes nomeados. Em 2010, na passagem do bastão para a aliada Dilma Rousseff (PT), foram 30. Há quatro anos, Bolsonaro indicou 31 nomes para a transição, coordenada à época por Onyx Lorenzoni.

Com auxílio de informações via O Globo/ UOL


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