“Vergonha ou medo?”: Maria do Carmo foge de perguntas sobre “Caixa 2” nas eleições de 2024; veja vídeos
Manaus – A empresária e candidata a vice-prefeita de Manaus pelo partido Novo, Maria do Carmo Seffair, tem se esquivado do escândalo sobre um suposto esquema de “caixa 2” que envolve sua campanha, uma situação que ganhou destaque nacional. Em eventos recentes, como o último debate promovido pela TV A Crítica e o atual debate da Rede Amazônica, Maria do Carmo tem evitado a imprensa, especialmente quando o assunto em questão é a polêmica que pode manchar sua imagem e a de seu parceiro de chapa, o candidato a prefeito Capitão Alberto Neto (PL).
Na quarta-feira (23), durante o debate da TV A Crítica, uma repórter do Portal e TV CM7 Brasil tentou entrevistá-la, mas Maria do Carmo ignorou os questionamentos. Quando a conversa se voltou para o “caixa 2”, a candidata não apenas se retirou da situação, como também fez comentários ofensivos sobre o veículo de comunicação, refletindo um comportamento defensivo diante das acusações que têm circulado na mídia.
A situação se repetiu na noite desta quinta-feira (24), no debate da Rede Amazônica, onde Maria do Carmo chegou acompanhada por Alberto Neto e uma equipe de seguranças. Relatos indicam que um segurança chegou a impedir outra repórter do CM7 Brasil de fazer perguntas diretas sobre as acusações que envolvem a candidata. O próprio Capitão Alberto Neto também se recusou a comentar sobre o tema, com um segurança afirmando que “eles não têm nada para falar sobre isso”, o que acaba sendo um tanto contraditório, visto que é uma pergunta da própria população e eles estão chegando no debate justamente para esclarecer os conflitos.
As acusações de “caixa 2” não são leves. Elas se baseiam em alegações de que Maria do Carmo e membros de sua equipe teriam utilizado práticas irregulares de financiamento de campanha. Recentemente, o professor Ronaldo Fernandes, ex-coordenador de campanha, denunciou que foi contratado para coordenar a campanha de Maria do Carmo sem registro na Justiça Eleitoral e que não recebeu o pagamento acordado de R$ 1,4 milhão. Essas denúncias foram levadas à Polícia Federal e ao Ministério Público, gerando um clamor interno no partido Novo, que já teria pedido a expulsão da candidata e de outros envolvidos.
A repercussão do caso foi ampliada por veículos de comunicação, incluindo a CNN Brasil e a Folha de São Paulo, que destacaram a gravidade da situação e a urgência de investigações adequadas. O clima político em Manaus se torna cada vez mais tenso à medida que as revelações sobre a conduta de Maria do Carmo e Alberto Neto ganham força, questionando a integridade do processo eleitoral e a ética nas práticas políticas.
Com as eleições se aproximando, a expectativa é que os eleitores avaliem não apenas as propostas dos candidatos, mas também a transparência e a honestidade que devem ser pilares da administração pública. Maria do Carmo, ao evitar responder sobre as sérias acusações que a cercam, levanta dúvidas sobre sua capacidade de assumir responsabilidades em uma das maiores capitais do Brasil, especialmente em um centro estratégico como Manaus, vital para a indústria devido à Zona Franca. Cada nova evasiva intensifica a pressão sobre sua candidatura, deixando a comunidade política e os eleitores ansiosos pelos desdobramentos deste escândalo.