STF cobra Bolsonaro sobre visitas de Tarcísio e aliados durante prisão domiciliar
Brasil – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre o interesse dele em receber visitas durante o cumprimento de sua prisão domiciliar, iniciada no último dia 4 de agosto. A decisão, assinada na terça-feira (6), atende a uma série de requerimentos feitos por aliados do ex-presidente entre os dias 5 e 6 de agosto.
Entre os nomes que solicitaram autorização para visitar Bolsonaro estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e figuras do núcleo político bolsonarista, como a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e os deputados federais General Zucco (PL-RS), Marcelo Moraes (PL-RS) e Geraldo Junio do Amaral (PL-MG). O empresário Renato de Araújo Corrêa também consta na lista.
Moraes determinou que os advogados constituídos por Bolsonaro sejam intimados, inclusive por meio eletrônico, para informar se o ex-presidente deseja ou não receber as visitas. O despacho foi proferido nos autos da Petição 14.129/DF e anexado à Ação Penal 2.668, processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e envolve também militares e ex-integrantes do governo Bolsonaro.
Além dos nomes citados, outros aliados bolsonaristas já haviam protocolado pedidos de visita, entre eles o senador Magno Malta (PL-ES), o deputado federal Eros Biondini (PL-MG) e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Nos requerimentos, os parlamentares argumentam razões institucionais, laços de amizade e solidariedade humanitária.
A Procuradoria-Geral da República foi informada da decisão. Até o momento, a defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente.
Bolsonaro está em prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF, no âmbito da investigação que apura a tentativa de ruptura institucional no país. A situação jurídica do ex-presidente segue em constante evolução, e o Supremo deve aguardar a manifestação da defesa para decidir sobre as autorizações de visita.


