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Sinésio Campos cria guerra com o PT de Itacoatiara após declarar apoio a Mário Abrahim

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Sinésio Campos cria guerra com o PT de Itacoatiara após declarar apoio a Mário Abrahim

Amazonas – Os pré-candidatos e a diretoria municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Itacoatiara emitiram, nesta sexta-feira (5), uma nota de repúdio contra o deputado estadual Sinésio Campos, presidente do diretório estadual do PT no Amazonas. A controvérsia surgiu após Campos manifestar apoio à pré-candidatura do atual prefeito Mário Abrahim (Republicanos) para as eleições de 2024. A decisão gerou indignação entre os membros locais do partido, que ameaçam renunciar à disputa eleitoral caso sejam obrigados a se aliar ao gestor.

“Por isso e pelo voto contrário à história do Partido dos Trabalhadores de Itacoatiara, junto à Federação Brasil da Esperança do Amazonas, pelo Deputado Estadual e Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores do Estado do Amazonas, obrigou a Federação Brasil da Esperança no Município de Itacoatiara a apoiar um candidato perseguidor e que implementa políticas antidemocráticas, REPUDIAMOS”, afirma um trecho da nota de repúdio.

O documento foi assinado por diversas figuras proeminentes do PT de Itacoatiara, incluindo o ex-prefeito Antônio Peixoto, pré-candidato a vereador; a vereadora Profª Francelízia, pré-candidata a prefeita; e o vice-presidente do PT de Itacoatiara, Glauber Souza, entre outros membros da diretoria.

Os pré-candidatos e a executiva municipal do PT de Itacoatiara expressaram sua insatisfação com a decisão de Sinésio Campos, destacando diversas razões para não apoiar Mário Abrahim. Entre os pontos levantados na nota de repúdio, destacam-se:

1. Prática de nepotismo, com o emprego de familiares na prefeitura de Itacoatiara.
2. Impedimento da implementação do Conselho Municipal de Cultura e da Lei Paulo Gustavo, além de tentativas de impedir a realização do Festival da Canção de Itacoatiara (FECANI).
3. Proposta de extinguir a área de Quilombolas do Município de Itacoatiara, já reconhecida pelo governo do presidente Lula.
4. Falta de transparência em sua gestão.
5. Recusa em dialogar com os professores municipais sobre a implementação do Piso Nacional da categoria.
6. Desrespeito à Lei do Teto Nacional, deixando os professores sem reajuste do Teto Nacional e da Data-Base.
7. Perseguição política a funcionários efetivos, especialmente os filiados ao PT.
8. Apoio e defesa a vereador que pratica violência contra mulher, orientando a votação contrária à sua cassação na Câmara Municipal.
9. Tentativa de subornar uma vereadora do PT em troca de voto para cassar vereador que critica seu mandato.
10. Intimidação e tentativa de calar a voz de parlamentares.
11. Demissão de funcionários experientes da saúde, contribuindo para a alta taxa de letalidade no município.
12. Silenciamento de radialistas e jornais locais com cargos pagos com dinheiro público.
13. Uso da máquina pública para eleger seu filho deputado estadual, enquanto justifica a falta de reajuste salarial dos professores.
14. Perseguição e denúncia a caciques de aldeias locais por defenderem os direitos coletivos dos povos indígenas.
15. Características bolsonaristas em seu governo, desde a aparência visual até suas ações, incluindo campanha aberta para o candidato na eleição presidencial de 2022, usando a estrutura da prefeitura.

A situação colocou Sinésio Campos em rota de colisão com os membros do PT de Itacoatiara, que se recusam a apoiar um candidato cujas ações são vistas como contrárias aos princípios do partido. A disputa interna ameaça fragmentar ainda mais a base do PT na região e pode ter um impacto significativo nas próximas eleições municipais.

Confira documento na íntegra: 





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