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Rodrigo Pacheco “blinda” ministro Alexandre de Moraes e sinaliza que chance de impeachment é zero

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Presidente do Senado Rodrigo Pacheco "blinda" ministro Alexandre de Moraes e sinaliza que chance de impeachment é zero

Brasil – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou a seus aliados que as chances de aceitar um eventual pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), são “zero”. A declaração de Pacheco ocorre em meio à crescente pressão de senadores e deputados federais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscam responsabilizar o ministro após novas revelações feitas pela Folha de S.Paulo.

A reportagem revelou que o gabinete de Moraes teria solicitado a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral de forma não oficial, utilizados para embasar decisões no inquérito das fake news, do qual ele é relator. Esse inquérito tem como alvos principais Bolsonaro e seus aliados próximos, o que gerou indignação entre os apoiadores do ex-presidente.

Apesar da pressão, Pacheco deixou claro que não pretende abrir um processo por crime de responsabilidade contra Moraes, postura que foi reforçada após as críticas e ameaças de oposicionistas. Na terça-feira (13), o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que, caso Pacheco não aceite o pedido de impeachment, ele “deve ser retirado do cargo imediatamente por prevaricação”, declaração que foi interpretada por aliados do presidente do Senado como “uma piada”.

Ainda assim, os parlamentares bolsonaristas pretendem intensificar a campanha pública de apoio ao impeachment de Moraes, visando formalizar o pedido após as manifestações do Dia da Independência, em 7 de setembro. Entre os mais vocales nesse movimento está o senador Magno Malta (PL-ES), que em plenário questionou por que Moraes ainda não foi convocado para se explicar: “O rei está nu! Estamos avisando desde o início de nosso mandato! É imperioso o retorno à normalidade democrática.”

Enquanto isso, Moraes tem se defendido das acusações, afirmando que todos os seus atos foram documentados e realizados com a ciência da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal. Nas redes sociais, aliados do governo Lula também saíram em defesa do ministro. A deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, destacou que Moraes atuou dentro da legalidade tanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quanto no STF, enquanto o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) criticou as comparações feitas entre as ações de Moraes e as de “um certo juiz”, em referência a Sergio Moro.

O Partido Novo, por sua vez, ingressou com uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República contra Moraes, acusando-o de falsidade ideológica e associação criminosa, reforçando o pedido de impeachment que já está em curso no Senado.

O clima de tensão continua a crescer, e a posição de Rodrigo Pacheco poderá ser decisiva para o futuro do ministro Alexandre de Moraes e para o desenrolar desse episódio que promete influenciar o cenário político nacional.


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