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Por três votos, Omar Aziz perde comando da CPMI do INSS para Carlos Viana e oposição comemora; veja vídeo

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Por três votos, Omar Aziz perde comando da CPMI do INSS para Carlos Viana e oposição comemora; veja vídeo

Brasil – A primeira sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi marcada por uma derrota inesperada para o governo e uma vitória estratégica da oposição. Por uma diferença de apenas três votos, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente do colegiado, superando o favorito do Palácio do Planalto, o senador Omar Aziz (PSD-AM). O placar final foi de 17 votos a 14.

Aziz, que tinha o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), era considerado nome certo para a presidência. Após a votação, ele reconheceu a derrota e atribuiu o resultado à falta de mobilização da base governista.

— Faz parte do jogo. Às vezes, Deus nos dá livramentos, e isso foi um livramento. A oposição se mobilizou para votar, algo que o governo não fez. Enquanto o PL votou em peso, partidos da base tiveram ausências decisivas. Está explicado o motivo da minha derrota — declarou Aziz.

Manobra de última hora

A vitória de Viana foi fruto de uma articulação de última hora que assegurou três votos de vantagem à oposição. “Quero agradecer cada um dos 17 senadores. Foi uma articulação dos últimos dias”, disse o novo presidente da CPMI, que anunciou o senador Alfredo Gaspar (União-AL) como relator.

A comissão foi criada para investigar denúncias de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, esquema que, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), teria causado prejuízos de mais de R$ 6,4 bilhões.

Clima político acirrado

A expectativa era de que o governo tivesse maioria confortável, já que das 30 cadeiras de titulares apenas oito estavam nas mãos da oposição. Agora, com Viana no comando, a tendência é de maior pressão sobre o Planalto.

Parlamentares da base governista, como Paulo Pimenta (PT-RS), Alencar Santana (PT-SP), Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), devem tentar associar as fraudes a gestões anteriores, sobretudo ao período do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os pontos de tensão estão as possíveis convocações do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de seu antecessor Wolney Queiroz, do presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e do ex-chefe do instituto Alessandro Stefanutto.

Já os parlamentares bolsonaristas prometem endurecer os trabalhos e pressionam para convocar Frei Chico, irmão do presidente Lula, devido a sua ligação com o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). A entidade foi citada em relatório da CGU, mas nega irregularidades, e Frei Chico não é investigado.

Revezes no horizonte

A derrota de Omar Aziz escancarou a falta de articulação do governo e animou a oposição, que agora pretende usar o comando da CPMI para fragilizar o Planalto. O resultado ainda promete acirrar os embates no Congresso e ampliar a disputa política em torno das investigações sobre o INSS.



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