PGR quer Bolsonaro condenado a 43 anos de prisão e ex-presidente se manifesta: “perseguição escancarada contra mim”; veja
Brasil – A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer Jair Bolsonaro condenado a 43 anos de prisão com base em acusações que, apesar de impactantes no papel, carecem de provas consistentes e configuram mais um capítulo do que muitos brasileiros já reconhecem como perseguição política disfarçada de justiça. A ofensiva da PGR, apresentada nesta segunda-feira (14), demonstra o esforço sistemático de setores do Judiciário para sepultar não apenas um ex-presidente, mas uma corrente ideológica que representa milhões de brasileiros.
– A CNN Brasil repercute mais uma vergonha na farsa da “trama do golpe”.
– O depoimento do coronel delator Mauro Cid no âmbito do chamado “Núcleo 2” mais uma vez se revelou cheio de contradições, mentiras e evasivas, além de se chocar com a denúncia da PGR em vários pontos… pic.twitter.com/wruywIxmeh
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 15, 2025
A manifestação assinada por Paulo Gonet, atual procurador-geral da República, reforça acusações já conhecidas, baseadas majoritariamente em interpretações políticas de atos administrativos e declarações públicas, e não em evidências materiais de crimes planejados ou executados. Bolsonaro é acusado de liderar uma suposta organização criminosa armada, tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, tentar aplicar um golpe de Estado e incitar danos ao patrimônio da União durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
Essas alegações, no entanto, ignoram fatos fundamentais: Bolsonaro não participou, não incentivou e não esteve presente nos atos de vandalismo, e sempre defendeu manifestações pacíficas dentro do marco constitucional. Mais uma vez, tenta-se criminalizar a opinião, o discurso e a liderança de um presidente democraticamente eleito e que saiu das urnas com quase 60 milhões de votos.
A ação da PGR é acompanhada por uma retórica alarmista, que tenta transformar atos isolados e desorganizados de alguns manifestantes em uma “organização criminosa armada”, ignorando que o Estado Democrático de Direito só existe quando há equilíbrio entre os Poderes e liberdade de expressão — não quando um deles se sobrepõe aos demais com ações inquisitivas e punitivas.
A tentativa de associar Bolsonaro a um golpe de Estado beira o absurdo, considerando que nenhuma instituição foi derrubada, nenhum general ocupou o poder, e a transição de governo ocorreu dentro do prazo e com todas as formalidades legais. O que há, na verdade, é a criminalização da oposição, um roteiro já conhecido em regimes que abandonam a democracia sob a bandeira da “defesa do Estado”.
Outro ponto controverso é a inclusão de generais, ex-ministros e parlamentares em um suposto “núcleo golpista”. Todos os nomes citados sempre atuaram dentro dos limites legais de seus cargos e jamais houve qualquer movimentação efetiva de ruptura institucional. O uso do sistema judicial para perseguir adversários políticos — enquanto criminosos reais são beneficiados com perdão e blindagem — escancara a inversão de prioridades no Brasil de hoje.
Agora, o processo segue para a fase final. O ministro Alexandre de Moraes ouvirá as defesas dos acusados e, em seguida, apresentará seu voto. A Primeira Turma do STF, formada por ministros indicados nos últimos anos, terá a responsabilidade histórica de decidir se o Brasil continuará sendo uma democracia com oposição ou um regime de pensamento único, onde questionar é crime.
Para milhões de brasileiros, Bolsonaro representa muito mais do que um ex-presidente. Ele simboliza a resistência ao autoritarismo judicial e à instrumentalização da lei para fins ideológicos. Condená-lo sem provas sólidas será um ataque direto à democracia, à Constituição e à liberdade de todos nós.