Pesquisas feitas por Durango Duarte caem em descrédito entre políticos de Manaus
Manaus – As recentes pesquisas eleitorais divulgadas por Durango Duarte estão gerando uma onda de descrédito entre políticos de Manaus. Conhecido pelos números contraditórios e previsões eleitorais falhas, Durango havia prometido não se envolver mais na publicação de pesquisas de intenções de voto neste ano de 2024, mas voltou atrás e lançou novos números que desafiam as previsões de diversos institutos. Alegando trazer a “verdade” para o debate, o empresário introduziu uma metodologia questionável, gerando suspeitas e controvérsias, especialmente ao expôr números muito divergentes em relação ao índice de rejeição dos candidatos, que contraria 47 estudos anteriores de outros Instituto de Pesquisa em Manaus.
Com a justificativa de que era necessário “restaurar a verdade” e fornecer uma referência “segura, honesta e técnica” para o debate eleitoral, Durango voltou a público com novos números que têm gerado forte rejeição entre os políticos locais. Em um vídeo gravado por ele mesmo, Durango defendeu suas pesquisas, afirmando que pretende levar os estudos eleitorais a um “patamar superior”. No entanto, os métodos adotados para essa “elevação” têm sido alvo de críticas severas. Um exemplo claro disso é a disparidade nas margens de erro entre os candidatos, que estão variando entre 4,2% até 0,7%, o que abre dúvidas obre a imparcialidade e a validade dos resultados.
Outro ponto de discórdia foi a revelação de que a pesquisa foi financiada pela PR Construções, empresa sob a gestão de Pamela Mendonça Freire, cujos pais foram envolvidos na Operação Albatroz em 2004, que investigou fraudes em licitações. O financiamento de R$ 90 mil para a pesquisa, registrado no TSE sob o código AM-02331/2024, levanta suspeitas sobre possíveis interesses por trás dos números divulgados.
Durango também tem ido contra os resultados de 47 pesquisas eleitorais realizadas por 17 institutos diferentes entre 2023 e 2024, que pintavam um quadro bem diferente sobre o índice de rejeição entre os candidatos de Manaus. Institutos respeitados, como Action, IPEC, Quaest e Real Time Big Data, entre outros, apresentaram índices de rejeição totalmente divergentes dos apresentados por Durango, colocando em xeque a credibilidade dos números apresentados por Duarte.
Para muitos observadores, a atitude de Durango em desafiar tantos estudos anteriores levanta mais perguntas do que respostas. Em um cenário político tão acirrado, a credibilidade das pesquisas eleitorais é essencial para garantir um processo democrático justo e transparente. No entanto, a inserção de métodos questionáveis e o financiamento por entidades com histórico controverso têm minado a confiança no trabalho de Durango, afastando o apoio de políticos e do público em geral.
Assim, enquanto Durango Duarte insiste que suas pesquisas trazem a “verdade” necessária ao debate, a percepção entre os políticos de Manaus é de que ele está apenas distorcendo os fatos para servir a interesses particulares.
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