Brasília Amapá |
Manaus

Partido de aliado de Bolsonaro quadruplica bancada em Portugal

Compartilhe
Partido de aliado de Bolsonaro quadruplica bancada em Portugal

Mundo – As eleições legislativas em Portugal, realizadas no último domingo (10), marcaram um momento histórico para o panorama político do país, com o partido conservador e de direita Chega emergindo como uma força considerável no cenário parlamentar. Sob a liderança do enérgico deputado André Ventura, aliado do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o Chega viu sua bancada crescer de maneira exponencial, quadruplicando o número de parlamentares de 12 para 48.

O resultado surpreendente do Chega foi uma virada notável nas eleições antecipadas, convocadas dois anos antes do previsto devido à renúncia do ex-primeiro-ministro António Costa. A dissolução do Parlamento português pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa abriu espaço para um novo cenário político, com as consequências agora claramente visíveis.

A renúncia de Costa, em meio a alegações de corrupção e escândalos que culminaram na batida policial em sua residência oficial, encerrou um mandato de seis anos marcados por uma aliança política inédita apelidada de “geringonça”. Sua saída deixou o terreno político português instável, criando espaço para o surgimento de novos atores, como o Chega, e para a reconfiguração das forças tradicionais.

Os resultados finais das eleições mostraram a Aliança Democrática (AD), composta pelos partidos Social Democrata (PPD/PSD), Popular (CDS–PP) e Popular Monárquico (PPM), conquistando o maior número de cadeiras, com 79 deputados. No entanto, o destaque ficou para o Chega, que se firmou como a terceira maior força política, superando expectativas e consolidando sua posição no Parlamento.

O aumento dramático da representação do Chega, de apenas um deputado em 2019 para 48 neste pleito, reflete um desejo crescente por uma abordagem política mais conservadora e nacionalista entre os eleitores portugueses. A ascensão do partido de Ventura também levanta questões sobre os rumos da política portuguesa e suas possíveis implicações para o futuro do país, especialmente em relação à governabilidade e à formação de coalizões.

Com 99% das urnas apuradas, fica claro que nenhum partido alcançará a maioria absoluta de 116 deputados, exigindo assim a formação de alianças para garantir a governabilidade. Neste contexto, o Chega emerge como um jogador chave, capaz de influenciar as negociações políticas e moldar a agenda legislativa nos próximos anos.

À medida que Portugal se prepara para uma nova era política, a ascensão do Chega representa um desafio e uma oportunidade para o país redefinir sua identidade política e suas prioridades. Com o partido conservador agora firmemente estabelecido como uma força a ser reconhecida, resta saber como ele irá moldar o futuro de Portugal e suas relações com o resto do mundo.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7