“Na peixada”: sem Banco do Brasil, Lula usa influência para indicar Kátia Abreu a outro cargo público
Brasil – Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff, não pôde assumir a vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil por conta de um impedimento da Lei das Estatais. A vedação se deve ao fato de Kátia ser mãe do senador Irajá (PSD-TO).
Apesar de o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski ter concedido liminar liberando a nomeação de ex-mandatários em março, o inciso que impede Kátia não foi alcançado pela decisão. Com isso, apenas o Congresso poderia alterar a norma. A mudança na lei já foi aprovada pela Câmara, mas ainda não foi votada pelo Senado, que não sinalizou disposição para votar a matéria.
Kátia, no entanto, recebeu um convite do presidente Lula para ocupar outro posto no governo, que ela classificou como “muito interessante”. Durante uma viagem que fez a Portugal, no mês passado, Lula encontrou Kátia e disse que ficou muito sentido com a impossibilidade, porque achava que ela poderia fazer um bom trabalho junto ao agronegócio. A ex-ministra agradeceu a confiança de Lula e isentou o presidente de qualquer culpa no episódio. O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira o nome de Luiz Gustavo Braz Lage como novo vice-presidente do banco.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve indicar Kátia como conselheira da JBS, na vaga que o banco tem direito como acionista da empresa.
