Brasília Amapá |
Manaus

Ministro Paulo Guedes entrega a 2ª fase da reforma tributária e altera Imposto de Renda; veja o que muda

Compartilhe

Brasil – O governo federal apresentou nesta sexta-feira (25) a segunda etapa da reforma tributária proposta pelo Executivo. O texto foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pessoalmente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Como adiantado pelo comentarista da CNN, Gustavo Uribe, o texto propõe que a faixa de isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas passe de R$ 1.903,98 para até R$ 2.500.

O projeto de lei, que trata da reforma do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF), para Empresas (IRPJ) e tributação sobre investimentos, era a peça que faltava para o início das discussões sobre a reforma tributária na Câmara. Entenda:

Imposto de Renda

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, essa elevação da faixa vai incluir 6 milhões de brasileiros na isenção do IRPF. “Serão 16 milhões isentos no total. Nós tributamos pessoas com renda média muito baixa: a pessoa ganha R$ 2 mil por mês e já está pagando imposto de renda. Então, passamos isso para 2.500, que é uma promessa do presidente da campanha”, disse.

O ministro ainda ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro queria subir a faixa para R$ 3.000, mas que a situação financeira e fiscal do país não permite.

Tributação sobre dividendos

O governo propõe taxar a distribuição de lucros das empresas e acabar com os juros sobre capital próprio. Para Guedes, esse segundo capítulo da proposta do Executivo é um marco do início da tributação sobre rendimentos de capital, que vai “livrar empresas que foram asfixiadas, permitindo a maior geração de empregos e de investimentos”, disse.

“Pela primeira vez, estamos aumentando os impostos sobre rendimentos do capital, que são os impostos sobre dividendos. Com isso, vamos beneficiar 30 milhões de brasileiros assalariados que vão ter impostos reduzidos. Esses impostos que vão lá pra cima vão permitir a redução dos impostos para as empresas de um lado e do outro lado para os assalariados”, destacou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ressaltou que o não aumento da carga tributária é uma premissa tanto do governo como do Congresso, bem como a simplificação do sistema tributário, a desburocratização e “principalmente dar segurança jurídica”.

“Não podemos em hipótese alguma atrapalhar essa rampa de crescimento do PIB, dos empregos, do otimismo, da vontade de vencer e nos livrarmos das máscaras pra que a gente, no segundo semestre, possa dar a alegria ao brasileiro de voltar a conviver socialmente com as vacinas e de ter um Brasil mais justo, onde quem ganha mais paga mais e quem ganha menos para menos”, declarou.

Celeridade no trâmite

O presidente da Casa prometeu agilidade na condução da proposta na Casa e disse que vai definir ainda hoje quem vai relatar a proposta “Se eu puder dar uma declaração clara é que vamos nos empenhar muito para que esse ano consigamos sair da pandemia com um país mais estruturado. Acredito na aprovação de todas as matérias ainda esse ano para que a gente trate de eleição em 2022”, afirmou Lira.

A ministra Flavia Arruda afirmou que, sob o comando de Lira, a reforma tributária “com certeza” será aprovada ainda neste ano. “[A proposta] beneficia milhões de brasileiros. Sem dúvida nenhuma, o que é preocupação de muitos: se isso será votado ainda este ano. Temos aqui não só o compromisso dos presidentes [Arthur Lira, da Câmara, e Rodrigo Pacheco, do Senado] como dos colegas todos, o empenho, a determinação para que isso se inicie antes do recesso Legislativo”, disse.

Na mesma linha, Guedes destacou que após aprovada essas etapas no Legislativo, o governo pode ampliar a redução de impostos com a melhora fiscal. “É só o começo. […] É possível continuar reduzindo porque prometemos que o aumento de arrecadação vai ser usado para redução de impostos para outros que hoje estão pagando muito. Então, quem não pagava começa a pagar e quando todos pagam, é possível que todos pagam menos”, completou.

Também participaram da entrega o secretário especial da Receita Federal, José Tostes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Informação CNN Brasil 


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7