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Maduro envia carta a Trump pedindo conversa direta após EUA afundar barco com drogas no Caribe; veja vídeo

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Maduro envia carta a Trump pedindo conversa direta após EUA afundar barco com drogas no Caribe; veja vídeo

Mundo – O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou no início de setembro uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo o fim das “falsidades que mancham o relacionamento” entre os dois países e propondo uma conversa direta para reduzir as tensões. A informação foi revelada neste sábado (20) pela agência Reuters, que teve acesso ao documento.

A carta, datada de 6 de setembro, foi enviada apenas quatro dias depois de os EUA atacarem uma embarcação no Mar do Caribe, que segundo o governo Trump transportava drogas para os Estados Unidos e era controlada pela organização criminosa venezuelana Tren de Aragua. A ação resultou na morte de 11 pessoas a bordo.

“Presidente, espero que juntos possamos derrotar as falsidades que mancharam nosso relacionamento, que deve ser histórico e pacífico”, escreveu Maduro. Ele ainda afirmou estar disposto a dialogar com o enviado especial Richard Grenell para “superar o ruído da mídia e as notícias falsas”.

Grenell já havia se reunido com Maduro em Caracas no início do ano para tratar da deportação de venezuelanos e da libertação de cidadãos americanos detidos pelo regime chavista.

Na carta, Maduro voltou a negar envolvimento de seu governo com o narcotráfico, acusação que a Casa Branca reforça ao apontá-lo como líder do chamado Cartel de los Soles. Washington mantém uma recompensa de US\$ 50 milhões por informações que levem à captura do ditador. “Este é o caso mais flagrante de desinformação contra a nossa nação, com o objetivo de justificar uma escalada para um conflito armado que infligiria danos catastróficos a todo o continente”, escreveu.

Escalada militar no Caribe

Desde agosto, os EUA reforçaram sua presença militar no Caribe, enviando oito navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35 para operações de combate ao narcotráfico. Só neste mês, quatro embarcações ligadas ao tráfico de drogas foram afundadas por forças americanas, segundo o Comando Sul.

Na sexta-feira (19), Trump confirmou em sua rede Truth Social um novo ataque, que teria resultado na morte de três supostos narcotraficantes. O presidente divulgou um vídeo da operação que mostra a explosão da embarcação. “Sob minhas ordens, o secretário de Guerra ordenou um ataque cinético letal contra um barco (…) na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos”, declarou.

Diferentemente dos ataques anteriores, Trump não especificou se a tripulação tinha ligação com a Venezuela. Ainda assim, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, reagiu anunciando exercícios militares na ilha de La Orchila.

Retórica de confronto

Trump afirmou que “a ditadura da Venezuela pagará um preço incalculável” caso se recuse a receber venezuelanos presos ou internados em hospitais psiquiátricos nos EUA. Já Maduro sustenta que as operações americanas são “uma desculpa para justificar uma intervenção militar” e insiste que Washington busca uma mudança de regime em Caracas.

O presidente americano, no entanto, nega qualquer plano nesse sentido.





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