Lutador envolvido em espancamento da ex continua trabalhando para Alessandra Campelo, a ‘defensora das mulheres’; veja vídeo
Amazonas – Mesmo após ter sido exonerado por envolvimento em um caso de agressão contra a ex-companheira, o lutador de Jiu-jítsu e ex-conselheiro tutelar Macelo Medeiros de Castro segue, ao que tudo indica, atuando nos bastidores da deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos).
Nos dias 15 e 16 de setembro, Macelo publicou em suas redes sociais — tanto no Facebook quanto no Instagram — conteúdos divulgando as atividades da parlamentar. As postagens reforçam a suspeita de que ele nunca deixou de prestar serviços políticos para Campelo, apesar da promessa de afastamento feita em janeiro de 2024, após a repercussão do caso de violência doméstica.
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Além disso, Alessandra e Macelo seguem sendo amigos de rede social.
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Caso de agressão
Documentos obtidos pelo Portal e TV CM7 Brasil mostram que a ex-companheira de Macelo, Angela Hiromi Miyazaki Bastos, teria sido amarrada por ele para ser espancada pela atual parceira dele. 
Na ocasião, Angela relatou ter sido atacada por Aleandra Silva, conhecida por já ter participado do reality amazonense Musa do Busão, dentro da casa de Macelo. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima tinha ido buscar seu notebook na casa do ex e foi surpreendida com o ataque.
A vítima ainda detalhou que, durante seis anos de relacionamento, arcou com as despesas de Macelo, custeou sua faculdade de Direito, chegou a penhorar joias para manter o padrão de vida exigido por ele e que somente emprestou seu notebook para que o lutador estudasse para o exame da OAB.
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Diante das denúncias, Campelo afirmou publicamente que havia exonerado Macelo. Mas, nove meses depois, as postagens dele indicam o contrário.
Silêncio e falta de transparência
O caso expõe não apenas a proximidade política entre Macelo e Campelo, mas também o problema crônico de falta de transparência na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Segundo ranking de 2024 do Ministério Público de Contas (MPC), a Aleam ocupa a última posição entre os poderes estaduais em transparência. Há mais de 13 anos, a Casa se recusa a divulgar a lista nominal de servidores efetivos e comissionados. Assim, a população não consegue confirmar oficialmente quem está na folha de pagamento e qual função exerce.
Em 2023, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) arquivou um processo que cobrava a divulgação dessa lista. Até hoje, só é possível consultar salários e cargos de maneira genérica, sem nomes. Com isso, figuras como Macelo podem continuar atuando e, eventualmente, recebendo recursos públicos sem qualquer fiscalização efetiva.
Relações políticas
Além da proximidade com Alessandra Campelo, Macelo já esteve envolvido em campanhas eleitorais do presidente da Aleam, Roberto Cidade (União Brasil), o que reforça seu trânsito político nos bastidores do poder.
Enquanto a Assembleia Legislativa segue sob críticas pela opacidade e pela resistência em divulgar informações básicas à sociedade, casos como o de Macelo Medeiros evidenciam como a falta de transparência pode servir de escudo para manter aliados políticos ativos, mesmo após graves acusações de violência.
