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Lula desconsidera crise na Venezuela e Argentina e diz que “coisas serão melhores se a esquerda ganhar”

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Lula desconsidera crise na Venezuela e Argentina e diz que "coisas serão melhores na América Latina se a esquerda ganhar"

Brasil – O ex-condenado Lula (PT) afirmou neste sábado (11/12), em Buenos Aires, Argentina, que a América Latina evoluirá caso ele e outros nomes da esquerda vençam as próximas eleições na região. “Se eu ganhar no Brasil, [Gabriel] Boric ganhar no Chile e com o companheiro [Alberto] Fernández aqui na Argentina, as coisas serão melhores na região”, disse a militantes em evento na Confederação Geral do Trabalho.

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O líder da esquerda brasileira, no entanto, desconsidera não apenas o mal econômico que anos de PT fizeram ao Brasil, mas para outras nações como a Venezuela, e mais recentemente a Argentina, local em que ele próprio discursou.

Venezuela

O país terminará 2021 como o país mais pobre da América Latina: Segundo projeções do FMI, o país de 28 milhões de habitantes, com uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, terminará o ano com a menor renda per capita da região: US$ 1.627 – atrás do Haiti, com US$ 1.690. Dez anos atrás, a renda per capita do país era de US$ 12,1 mil. Venezuelanos e analistas econômicos não veem a notícia com surpresa.

Colapso

Para quem vive na Venezuela, o cotidiano evidencia o que o FMI escancara em números. De acordo com um estudo recente elaborado por universidades venezuelanas, 76,6% da população vive com menos de US$ 1,2 dólar ao dia e 8 milhões de pessoas estão desempregadas.

“A indústria nacional está muito enfraquecida, não produzimos nada. Há muita insegurança com relação às empresas estatais, por exemplo. A projeção do FMI prova que a economia não se recuperou. Continuamos sem produzir bens e serviços e com uma hiperinflação que aumenta os preços a cada dia”, afirma o radialista Nehomar Hernández, de 33 anos.

A Venezuela vive em hiperinflação há 47 meses, quase quatro anos, o maior colapso econômico de todos os tempos de um país que não está em guerra. No final de 2022, segundo o FMI, o país terá tido 79% de contração da economia desde 2013, mais que o dobro da contração da Grande Depressão nos EUA (28%).

Argentina

Tirando a hiperinflação da Venezuela — estimada em 2.700% ao ano em 2021 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) —, a inflação da Argentina é de longe a mais alta da região.

Na Argentina, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 52,1%, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

A terceira maior economia da América Latina tem uma inflação que é quase cinco vezes a da maior economia regional, a do Brasil (10,7%), e mais de oito vezes a da segunda maior, a do México (6,2%), de acordo com os indicadores oficiais para outubro.

Ter custos que aumentam 1% a cada semana, em média, pulveriza a renda dos argentinos e é um dos principais motivos da disparada da pobreza, que hoje atinge entre 42% e 50% da população, segundo números oficiais.

Pobreza se espalha

O dado consta de relatório divulgado esta semana pelo Observatório da Dívida Social Argentina, da Universidade Católica Argentina (UCA), que apontou que 65% das crianças e adolescentes do país estão na faixa da pobreza.

De acordo com o estudo, 43,8% da população argentina urbana é pobre. Em 2019, o patamar estava em 39,8%, e em 2010, em 31,8%.

Quando é feito o recorte por faixa etária, a população de zero a 17 anos apresenta a maior taxa de pobreza, com 64,9% das crianças e dos adolescentes argentinos nessa condição, índice superior aos de 2020 (64,6%) e de 2019 (58,3%). Em 2010, menos da metade (49,5%) da população argentina nessa faixa etária vivia na pobreza.

Com auxílio de informações via Gazeta do Povo / BBC News / Poder 360

 

 


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