Injustiça: promotor que comparou advogada com ‘cadela’ ganha R$42 mil por mês após antecipar aposentadoria
                    Manaus – Um ato que está gerando indignação e questionamentos éticos acaba de acontecer no Ministério Público do Amazonas. O promotor de Justiça Walber Nascimento, envolvido em um escandaloso episódio no qual comparou a advogada Catharina Estrella a uma “cadela”, teve sua aposentadoria antecipada, garantindo-lhe um generoso salário mensal de R$ 42,3 mil.
Veja documento:
O ato de aposentadoria foi oficializado pelo procurador-geral de Justiça interino, Aguinelo Balbi Júnior, e levanta sérias questões sobre a conduta e a responsabilidade das autoridades na gestão do sistema judicial.
De acordo com a publicação oficial, o promotor Walber Nascimento preenche os requisitos para a “aposentadoria voluntária com proventos integrais e paridade de remuneração”. Ele receberá um subsídio do cargo no valor de R$ 37.710,46, acrescido de mais R$ 4.635,06 de parcela de irredutibilidade, totalizando proventos no montante de R$ 42.345,52.
Estratégia
A antecipação de sua aposentadoria parece ser uma estratégia para evitar possíveis sanções legais em relação ao ultrajante episódio no qual ele comparou a advogada Catharina Estrella a uma “cadela”. Esse incidente ocorreu durante uma audiência na 3ª vara do Tribunal do Júri do Amazonas, em 12 de setembro de 2023, e ganhou notoriedade nas redes sociais.
A advogada Catharina Estrella, que foi alvo das palavras ofensivas do promotor, manifestou sua revolta e destacou que não deveria ter enfrentado tal situação no exercício de sua advocacia. Ela também questionou a atuação do juiz na audiência, que, ao presenciar as ofensas, não tomou nenhuma medida para conter o comportamento inapropriado do promotor.
A rapidez com que a aposentadoria de Walber Nascimento foi concedida e a generosa remuneração que ele receberá suscitam preocupações sobre a prestação de contas e a integridade do sistema de justiça no Amazonas. A sociedade agora espera respostas e ações das autoridades para garantir que tais incidentes não fiquem impunes e que o devido processo legal seja respeitado.
Este episódio deve servir como um lembrete das questões que ainda precisam ser enfrentadas no sistema judicial, especialmente no que diz respeito ao tratamento respeitoso e igualitário de todos os indivíduos envolvidos, independentemente de sua profissão ou gênero. A busca pela justiça deve ser pautada pela imparcialidade, ética e respeito aos direitos fundamentais de todos os cidadãos.



