Governador Ratinho Jr ‘dá aula’ em Wilson Lima e Roberto Cidade reduzindo o IPVA do Paraná para o menor do Brasil
Amazonas – Enquanto o Paraná, sob a liderança do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), se prepara para ter o menor IPVA do Brasil em 2026, com uma redução histórica de 45% na alíquota, o estado do Amazonas, governado por Wilson Lima (UB), amarga o peso de um dos impostos mais altos do país, agravado pela atuação do deputado Roberto Cidade (UB).
A diferença entre uma gestão comprometida com o cidadão e outra que prioriza a arrecadação às custas da população é gritante. Ratinho Junior anunciou, em 20 de agosto de 2025, a redução do IPVA de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, medida que beneficiará 3,4 milhões de proprietários, ou 83% da frota tributada do Paraná, composta por 4,1 milhões de veículos, incluindo carros, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes e outros.
Um carro de R$ 50 mil, que custava R$ 1.750 em IPVA, passará a custar R$ 950 a partir de 2026. “É uma aula de gestão fiscal responsável, que corta mordomias e devolve dinheiro ao paranaense”, afirmou Ratinho Junior. A saúde financeira do estado, com nota A+ do Tesouro Nacional, permite essa desoneração, equilibrada por medidas como o aumento da multa por atraso no IPVA de 10% para 20% e a expectativa de atrair veículos emplacados em estados como Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%.O Paraná também se destaca com a isenção de ICMS para 21 dos 32 produtos da cesta básica, a menor tributação do Simples Nacional (2,39%) e incentivos para energias renováveis, reforçando o compromisso com o alívio tributário e o fortalecimento da economia.
“Essa redução do IPVA coloca mais dinheiro no bolso dos paranaenses, impulsionando o consumo e a qualidade de vida”, destacou o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara.
População sofre no AM
No Amazonas, porém, Wilson Lima demonstra uma visão míope e desconectada do cidadão. Em 2025, ele vetou um projeto que reduziria o IPVA em 50% para veículos elétricos e híbridos, sob o pretexto de que o incentivo seria “regressivo” e causaria uma renúncia fiscal de R$ 100 milhões.
A decisão ignora o potencial de promover a sustentabilidade em um estado que deveria liderar a agenda ambiental, revelando a preferência de Lima por favorecer “arrecadação” ao em vez de poupar os bolsos dos amazonenses, que sofrem com uma carga tributária injusta. A situação é agravada pela atuação de Roberto Cidade, então presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM). Em 14 de dezembro de 2022, Cidade conduziu uma votação relâmpago de 30 segundos que elevou o IPVA, que agora tem aumentado de forma progressiva para até 4%, uma das alíquotas mais altas do Brasil, comparável à de São Paulo e Minas Gerais.
Um Hyundai HB20 1.0, que pagava R$ 1 mil de IPVA em 2022, passou a custar R$ 1,6 mil em 2024, um aumento de 60%, mesmo com a desvalorização do veículo. Apesar de arrecadar R$ 981 milhões com o IPVA em 2024, o Amazonas não entrega infraestrutura à altura: rodovias como AM-010, AM-070 e AM-352 seguem esburacadas, com trechos intransitáveis. “Pagamos um imposto absurdo e não temos nem estradas decentes. É um descaso total”, desabafou o motorista João Silva, de Manaus.
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