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Filhas e viúva de Clezão apelam à OEA por Justiça: “Nosso pai não era criminoso”; veja vídeo

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Filhas e viúva de Clezão apelam à OEA por Justiça: "Nosso pai não era criminoso"; veja vídeo

Brasil – Em um apelo emocionado e desesperado, a viúva e as filhas de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, buscaram ajuda internacional durante a recente visita do representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca, ao Brasil. A família de Clezão, que morreu em circunstâncias controversas enquanto estava preso, implorou por assistência, denunciando abusos e ilegalidades que associam ao regime do atual presidente Lula, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Cleriston Pereira da Cunha, um empresário de 46 anos, foi preso em janeiro de 2023 após os eventos do 8 de janeiro em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Acusado de envolvimento nestes atos, Clezão foi levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde permaneceu detido por mais de 10 meses.

A morte de Clezão, ocorrida em 20 de novembro de 2023, foi oficialmente atribuída a um mal súbito durante o banho de sol na prisão. No entanto, a família e defensores alegam que ele foi vítima de tortura e negligência médica, uma vez que tinha problemas de saúde preexistentes que não foram adequadamente tratados durante seu encarceramento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia emitido um parecer favorável à sua soltura, que nunca foi analisado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Durante o encontro com Pedro Vaca, relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a filha de Clezão, Luiza Cunha, expressou a dor da família: “Nosso pai não era criminoso. Somos torturadas até hoje. Por favor, nos ajude!” A família alega que a detenção de Clezão foi injusta e que a resposta do Estado às suas condições de saúde foi inadequada, resultando em sua morte.

Este caso tem gerado controvérsias e protestos, com a viúva e as filhas de Clezão participando de manifestações e discursando em eventos públicos, como na Avenida Paulista, onde pediram justiça pela morte do empresário. A família entrou com uma ação penal contra o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de prevaricação, maus-tratos, abuso de autoridade e tortura, pedindo também seu afastamento cautelar.

A visita de Pedro Vaca ao Brasil visa avaliar a situação da liberdade de expressão e os direitos humanos no país, especialmente após os eventos de 8 de janeiro e em meio a outras denúncias de violações de direitos. A denúncia da família de Clezão adiciona pressão internacional sobre o governo brasileiro para esclarecer os fatos em torno da morte do empresário e as condições de seu encarceramento.





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