Escuridão e descaso: MP dá ultimato a Mário Abrahim para resolver abandono e falta de iluminação em Itacoatiara
Amazonas – O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) deu 15 dias para que o prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim (Republicanos), e o secretário municipal de Infraestrutura, Raimundo Nonato Belo Soares, resolvam um problema básico que se arrasta há meses: a total falta de iluminação pública no bairro Jacarezinho, na zona rural do município.
A recomendação, assinada pelo promotor de Justiça Vinícius Ribeiro de Souza, escancara o abandono do poder público em uma área que já sofre com a ausência de serviços essenciais. O documento alerta que a escuridão imposta aos moradores não é apenas desconfortável — ela representa risco à vida, fomenta a criminalidade, causa acidentes e desvaloriza os imóveis da região.
O MP lembra ainda que a Prefeitura já havia prometido resolver o problema em uma reunião anterior com o próprio secretário de Infraestrutura. O compromisso? Solucionar a questão em 10 dias. O resultado? Nenhuma ação efetiva. Agora, diante da omissão reiterada, o Ministério Público exige resposta formal em 15 dias e avisa: o descaso poderá resultar em responsabilização judicial do prefeito e do secretário.
A iluminação pública é classificada pela legislação brasileira como serviço essencial. Negá-la é negar segurança, mobilidade e dignidade.
E segundo o MP, além de inconstitucional, a omissão da Prefeitura também fere o Código de Defesa do Consumidor — que garante serviços públicos seguros e contínuos.
Mesmo assim, a população do Jacarezinho permanece no escuro — literalmente.
A atual gestão de Mário Abrahim está longe de ser exemplo de boa administração.
Desde o início do mandato, o prefeito acumula denúncias por nepotismo, aumentos salariais questionáveis, falta de transparência e possíveis infrações à Lei Orgânica do Município. Agora, soma-se à lista a negligência com a iluminação pública, deixando comunidades inteiras à própria sorte.
Enquanto isso, moradores seguem enfrentando as noites às cegas, esperando que, ao menos desta vez, o poder público se lembre que também existem pessoas vivendo na periferia rural de Itacoatiara.
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