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Escândalo: saiba qual é a empresa contratada por R$ 10,5 milhões para construir escola de apenas nove salas em Itamarati

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Amazonas – O município de Itamarati, no interior do Amazonas, está prestes a protagonizar um dos maiores escândalos recentes envolvendo recursos da educação.

O prefeito João Campelo (MDB) assinou, no dia 1º de setembro, um contrato no valor de R$ 10,5 milhões para erguer uma escola com apenas nove salas de aula.

O contrato prevê ainda um prazo de 600 dias (quase dois anos) para a entrega da obra — tempo e custo que não batem com a realidade apresentada.

O extrato de contrato nº 070/2025, publicado no Diário Oficial dos Municípios, aponta que o dinheiro virá do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Porém, a ausência de informações claras sobre a estrutura da escola, metragem, especificidades da obra e justificativa do valor milionário levantam sérias suspeitas de superfaturamento.

A obra foi entregue à ELP Serviços de Construções Ltda (CNPJ nº 34.294.555/0001-05). No papel, a empresa atua em construção civil, mas também registra como atividades secundárias desde manutenção de barcos até telecomunicações e energia elétrica, um verdadeiro “coringa” empresarial.

O capital social da firma é de apenas R$ 1 milhão, incompatível com o volume milionário da contratação.

O caso grita por investigação. Afinal, como justificar R$ 10,5 milhões em uma escola de apenas nove salas? Como confiar em uma empresa sem sede física, de capital reduzido e com histórico confuso de atividades?

Cabe ao Ministério Público (MPAM) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) intervir imediatamente para apurar indícios de fraude, direcionamento e possível esquema de fachada.

Se nada for feito, o risco é que o dinheiro público escorra para empresas sem lastro enquanto a população segue sem escolas dignas.

Veja documentos





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