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Escândalo: Prefeitura de Juruá entra na mira do TCE-AM por suposta fraude em licitação de merenda escolar

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Amazonas – A gestão do prefeito José Maria da Rocha Júnior, conhecido como Dr. Júnior, está sob a mira de críticas após o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) acolher uma representação contra a Prefeitura de Juruá. A denúncia foi feita pela empresa MAM de Castro Comércio Varejista de Produtos Alimentícios Ltda., que apontou sérias irregularidades no Pregão Presencial n.º 013/2024, destinado à aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar.  Informações sobre a denúncia constam em publicação do Diário Oficial do TCE-AM, do dia 2 de agosto de 2024.

De acordo com a representação, o edital da licitação apresentava cláusulas que comprometem a ampla concorrência, violando princípios fundamentais de isonomia e competitividade. Entre as irregularidades denunciadas estão a exigência de retirada presencial do edital, sem disponibilização em meio digital, e a cobrança de valores para obtenção e impressão do documento. Tais condições, segundo a empresa, restringem a participação de diversos fornecedores, comprometendo a transparência e a lisura do processo.

O TCE-AM, ao analisar o caso, reconheceu a relevância das questões levantadas. No entanto, o pedido cautelar para suspender a abertura do pregão foi indeferido, uma vez que a demanda chegou ao gabinete do auditor-relator, Alber Furtado de Oliveira Junior, após a data do certame, realizada em 29 de julho de 2024. Apesar disso, a análise das possíveis irregularidades continuará e o processo seguirá para uma avaliação mais detalhada.

A crítica recai diretamente sobre a gestão de Dr. Júnior, que se vê envolvida em um cenário de potencial favorecimento e falta de transparência. As exigências restritivas no edital sugerem um ambiente propício para a manipulação da competição, prejudicando a participação de empresas e comprometendo a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública.

A decisão de continuar a investigação pelo TCE-AM e o encaminhamento do processo ao Ministério Público de Contas indicam que o caso está longe de ser resolvido. A gestão de Dr. Júnior terá um prazo de 15 dias para apresentar defesa, e o futuro do pregão ainda pode resultar em anulação ou revisão, dependendo das conclusões da investigação.

Enquanto o processo avança, a sociedade de Juruá deve acompanhar de perto os desdobramentos e exigir que a administração pública atenda aos princípios de transparência e justiça, fundamentais para a boa gestão dos recursos públicos.

Confira o documento:


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