“Ela é financiada principalmente por Roberto Cidade”, revela ex-funcionário do Radar Amazônico sobre ataques de Any Margareth
Por Redação 3 em 19 de setembro de 2025 às 9:56
Amazonas – Na noite desta quinta-feira (18), uma entrevista bombástica concedida ao Portal e TV CM7 Brasil expôs um esquema milionário de perseguição política e manipulação midiática envolvendo a blogueira Any Margareth, figuras públicas e empresários do Amazonas.
O denunciante, identificado apenas como “Erick”, ex-servidor e ex-braço direito da blogueira, revelou detalhes que escancaram a existência de uma rede organizada para atacar inimigos políticos e proteger aliados, sempre em troca de vantagens financeiras vultosas.
Segundo Erick, o Radar Amazônico, blog comandado por Any Margareth, teria movimentado mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo para financiar ataques direcionados e campanhas de perseguição nas eleições de 2024.
Entre os nomes citados estão o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cidade, o ex-prefeito de Manaus Arthur Neto e sua esposa, Elizabeth Valeiko, além de assessores políticos e empresários ligados a agências de publicidade.
O ex-colaborador revelou ainda que os pagamentos feitos por Roberto Cidade e empresários teriam como objetivo atacar o Portal e TV CM7 Brasil e a empresária Cileide Moussallem, enquanto Any Margareth já estaria com matérias prontas para atingir até mesmo a família da empresária.
Erick detalhou que Any Margareth contava com uma rede de informantes infiltrados na estrutura do Estado, incluindo policiais, empresários e assessores políticos, que abasteciam o blog com dados estratégicos usados para pressionar, difamar e manipular narrativas públicas.
Essa engrenagem, segundo ele, era alimentada por pagamentos clandestinos e acordos de bastidor, transformando a comunicação digital em um instrumento de poder e chantagem.
Uma das acusações mais graves envolve um suposto pagamento de R$ 250 mil para que Any Margareth evitasse ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que fortalecia a imagem da direita no Amazonas, em especial a pré-candidatura de Maria do Carmo ao governo estadual.
Erick afirmou ainda ter vivido pressões psicológicas, momentos de tensão e traumas durante os anos em que trabalhou ao lado da blogueira.
“Era um jogo de interesses, com informações vazadas diretamente de dentro do Estado, manipuladas conforme o pagamento da vez”, relatou durante a entrevista.
As revelações jogam luz sobre um suposto conluio entre mídia, política e setores estratégicos do poder público, que, se confirmado, pode configurar um dos mais graves escândalos de manipulação e corrupção midiática no Amazonas.
Veja a entrevista