Eduardo Bolsonaro é intimado pela PF após xingar delegado e Ministro Alexandre de Moraes; veja vídeo
Brasil – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi intimado pela Polícia Federal (PF) por ofensas proferidas contra o delegado Fábio Alvarez Shor durante um discurso na tribuna da Câmara dos Deputados. O parlamentar, que também é escrivão licenciado da PF, não se intimidou e repetiu os xingamentos em um vídeo postado em suas redes sociais na última segunda-feira, dia 10 de fevereiro de 2025.
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A intimação decorre de um processo administrativo disciplinar, uma ferramenta da Administração Pública para avaliar a conduta de seus servidores. No vídeo, Eduardo Bolsonaro se defende das acusações:
“O delegado está sentido por eu tê-lo chamado de ‘cachorrinho’ e ‘putinha’ de Alexandre de Moraes. Buscarei a procuradoria da Câmara para a devida defesa a esse esculacho ao parlamentar mais votado da história do país”, afirmou, sugerindo que a intimação é uma “afronta a todos os deputados”.
O delegado Fábio Shor é conhecido por seu envolvimento em investigações de alta relevância, incluindo o relatório de 221 páginas que aponta para o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em tentativas de golpe após as eleições de 2022. Shor é um dos delegados responsáveis pelo inquérito das milícias digitais, com o ministro Alexandre de Moraes atuando como relator no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resposta à intimação, Eduardo Bolsonaro utilizou seu Instagram para expressar sua indignação:
“Prefiro perder minha aposentadoria da Polícia Federal, meu porte de arma e carteira funcional do que ser obrigado a chamar de ‘democracia’ um país em que um deputado federal não pode criticar um delegado federal que está prendendo velhinhas e mães de família como se fossem terroristas”, escreveu em referência às prisões relacionadas aos eventos do dia 8 de janeiro.
A atitude de Eduardo Bolsonaro tem gerado controvérsia e debate sobre os limites da imunidade parlamentar e a liberdade de expressão versus o respeito às instituições e aos servidores públicos. A comunidade política e a sociedade observam com atenção como este caso se desenvolverá, especialmente considerando a tensão entre os poderes e a polarização política no Brasil.